Com crescimento de mais de 300% de acessos por meio de provedores de internet, Cascavel (PR) recebe 11º ABRINT na Estrada

A 11ª edição do “ABRINT na Estrada”, sediada na cidade de Cascavel (PR), acontece entre 17 e 18 de setembro – com um minicurso do Nic.Br sobre IPv6 e segurança de rede no último dia. O evento, realizado pela Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (ABRINT), tem como objetivo abordar temas relevantes para o mercado de ISPs, além de levar a tecnologia mais perto do pequeno provedor.

A cidade de Cascavel é um exemplo de destaque sobre o papel crucial desempenhado pelos provedores regionais na expansão do acesso à Internet. Segundo dados da Anatel, em 2 anos e meio, houve um aumento de mais de 300% no total de acessos realizados por provedores de internet na cidade: de 2.656 acessos em janeiro de 2015 (o equivalente a 4,6% do market share local em banda larga, enquanto o resto era dividido entre as grandes operadoras) para 11.510 em julho de 2018 (hoje 14,7% do mercado local).

O crescimento dos provedores é ainda mais notável quando o assunto são instalações de fibra óptica: em janeiro de 2017, dos 463 pontos de acesso de fibra declarados na cidade, pouco mais de 10% eram provenientes de provedores. Em julho de 2018, de 8242 pontos, 7312 são responsabilidade dos provedores (ou seja, quase 89%) – também seguindo dados divulgados pela Anatel.

“A importância do evento cresceu tanto que já estamos na 11ª edição. Trazer discussões fundamentais do setor para os pequenos provedores é essencial para melhorar ainda mais a qualidade do serviço prestado por eles. A programação do evento ainda contará com palestras sobre temas como a diferença entre SCM e SVA, a eficiência operacional para provedores FTTH (Fiber to the Home) e as mudanças que a reforma trabalhista traz”, comenta Carlos Ariel Guarisco Ferreira, conselheiro da ABRINT.

Além de temas como SCM e SVA, FTTH e reforma trabalhista, o primeiro dia do evento também contará com palestras sobre segurança e infraestrutura da internet, inteligência de dados na estratégia de crescimento do provedor, regras para o uso de equipamentos homologados e alternativas para uma operação saudável em tempos de escassez de IPv4.

No segundo dia do evento, 18 de setembro, os provedores poderão acompanhar um curso introdutório sobre o IPv6, a versão mais atual do protocolo de internet, que substitui o IPv4, e outro sobre boas práticas de roteamento e segurança para provedores. Os dois temas serão apresentados por Antônio Moreiras, gerente de projetos e desenvolvimento do NIC.br, entidade civil, sem fins lucrativos, que implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).

“O iminente esgotamento de endereços devido ao avanço do IPv4, a utilização do IPv6 e as formas de aperfeiçoar a segurança e a resiliência do sistema de roteamento na internet são alguns dos temas que se destacam na programação. Queremos informar os participantes sobre os assuntos mais importantes do setor e esses tópicos não podem ficar de fora”, esclarece Ferreira.

O evento é destinado a todos os provedores regionais associados da ABRINT e não associados. A inscrição pode ser feita através deste link e basta levar 1Kg de alimento não perecível para participar. Toda a arrecadação será doada para uma instituição de caridade local.

“ABRINT na Estrada” – Cascavel (PR)
Datas: 17 e 18 de setembro de 2018
Horário: a partir de 08h (Horário local)
Local: Churrascaria Portal – Espaço Portal, Rodovia BR-277, Km 586, s/n, Cascavel Velho, Cascavel – Paraná
Inscrições: http://credencial.imasters.com.br/abrint-na-estrada-cascavel/inscricao

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Fim da franquia de banda larga poderá prejudicar usuários e inviabilizar operações de provedores regionais

Apesar de bem intencionado, o projeto de Lei 7182/2017, que impede cartier love bracelet a comercialização de planos com franquia na Internet fixa, ao invés de beneficiar o usuário terá o efeito inverso. Caso a vedação de fato seja implementada, os provedores de Internet, inevitavelmente, serão obrigados a aumentar os preços dos seus planos ou reduzir as velocidades atuais como forma de manter os preços praticados. As duas alternativas trazem graves prejuízos ao usuário da Internet no Brasil.

A rede de internet foi construída levando-se em conta a sua característica estatística, ou seja: estima-se a capacidade total consumida na rede com base no cenário em que nenhum usuário consome 100% da capacidade contratada durante 100% do tempo.

Essa característica traz bases técnicas e comerciais indispensáveis à massificação do acesso à Internet. Ao vedar a implementação de franquia, o Congresso Nacional estará decretando que a Internet no Brasil será um produto caro e mais escasso, acessível apenas à parcela mais abastada da população, na contramão de todos os esforços do governo e do setor privado em popularizar cada vez mais o acesso e garantir sua disponibilidade em todas as localidades brasileiras.

No caso do segmento dos provedores regionais – que hoje são responsáveis pelo atendimento de mais de 3 milhões de usuários distribuídos pelo interior do País, muitas vezes localizados em áreas de periferia, comunidades, zonas rurais e alagados – esta medida será particularmente mais danosa. Como se sabe, o segmento utiliza tecnologia wireless que tem limitações técnicas que tornam ainda mais onerosa a oferta de planos exclusivamente sem franquia, podendo até inviabilizar a operação dessas pequenas empresas. O mesmo acontece com as empresas que atuam com tecnologia satelital: caso o PL 7182/2017 seja aprovado, o serviço via satélite fica inviável, devido às limitações técnicas inerentes à tecnologia.

“Reconhecemos que há boa intenção na proposta, mas ela vai trazer prejuízo ao próprio consumidor que está no interior do País, além de reduzir perigosamente a competitividade do provedor regional”, afirma Basílio Perez, presidente da diretoria executiva da ABRINT (Associação Brasileira dos Provedores de Internet e Telecomunicações)

Outra consequência nefasta da medida será a queda official website da velocidade média da Internet no Brasil, já considerada baixa, desqualificando, ainda mais, nossa posição perante os demais países.

A ABRINT entende que o Congresso Nacional não deve se precipitar e decidir sobre um tema que é eminentemente técnico, antes cartier bracelet gold
da conclusão da análise de impacto regulatório que está sendo elaborada pela Anatel. Por fim, cabe destacar que a ABRINT, associação que representa os provedores regionais responsáveis por 12% dos acessos fixos, não foi sequer ouvida sobre o assunto nas audiências públicas que já aconteceram.

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