Em expansão, Grupo DB1 abre novas vagas TECH

O Grupo DB1, formado por empresas de tecnologia brasileiras, com sede em Maringá – PR – Brasil e bases operacionais no Brasil, Argentina e Estados Unidos, está em busca de profissionais de tecnologia para atuação em modelo Home Office.

O grupo oferece 16 vagas para funções TECH de Analistas, sendo três para Analista de Requisitos Pleno-Sênior, duas para Analistas de Suporte Pleno, seis para Analista de Testes Pleno, uma para Senior Data Analyst e quatro para Team Leader Pleno/Sênior

Para o cargo de analista de requisitos pleno/sênior, o profissional trabalhará em conjunto com o Product Owner, fazendo as descobertas das atividades macro, levantamento dos requisitos, entrevista ao usuário, prototipação de telas, escrita de estórias do usuário, planejamento de sprints, repasse ao time de desenvolvimento, acompanhamento do desenvolvimento e validação da entrega.

Já para o cargo de analista de suporte, o profissional será responsável pelo atendimento de chamados abertos por clientes e contato constante com os marketplaces, parceiros e demais áreas da empresa. O principal desafio é prestar um atendimento pró-ativo e resolutivo.

Na DB1 o(a) analista de   testes é responsável por garantir a qualidade dos sistemas e projetos desenvolvidos, caçar bugs, realizar o máximo de testes possíveis e aplicáveis em cada situação, reportando os que precisam de correção.  São diversas oportunidades para atuar tanto em times de produto quando de projetos.

A vaga aberta para o cargo de Senior Data Analyst engloba as atividades de desenvolvimento de modelos programáticos para automatizar o cálculo dos planos de compensação, incluindo modelos de dados, programas e cálculos, o desenvolvimento de testes de validação e o trabalho com parceiros internacionais espalhados na Ásia, América do Norte, América Latina e Europa para reunir requisitos e objetivos de negócios, bem como para fornecer e auditar resultados, entre outras funções.

E para o cargo de Team Leader Pleno/Sênior o profissional será responsável por criar um ambiente inspirador, acolhedor e desafiados, fortalecendo uma comunicação aberta e acessível, de acordo com a cultura da empresa, estabelecer uma visão clara da jornada dos clientes com Product Manager, Product Owner e Gerentes de Engenharia, engajar o time, gerenciar indicadores e disseminar o modelo ágil e lean, entre outras responsabilidades. 

O grupo tem conquistado inúmeros prêmios de gestão e inovação e figura há 11 anos consecutivos entre as melhores empresas para se trabalhar pela GPTW (Great Place to Work). Pelo segundo ano consecutivo, o Grupo DB1 também foi reconhecido pelo Financial Times, um dos mais renomados jornais britânicos,  como uma das 500 empresas que mais crescem nas Américas.

Com o lema “Sua luz move o universo DB1”, o Código de Cultura do grupo define os pilares do modo de trabalhar e viver em sociedade. Faz parte da crença da empresa a valorização das pessoas e a troca de conhecimentos para garantir a evolução e melhoria contínua. Todos na organização trabalham com o propósito de transformar o futuro e impactar a vida das pessoas e organizações por meio das soluções criadas pelo grupo.

Além de um atraente pacote de benefícios, o Grupo oferece remuneração compatível com o mercado, plano de saúde + VR/VA, plano de carreira, um ambiente com metas desafiadoras e possibilita que o colaborador atue em projetos de grande porte.

As vagas, que aceitam inscrições de pessoas com deficiência (PCD), permitem candidatos de todo o Brasil em modelo 100% Home Office.

As 7 empresas do Grupo também oferecem vagas para a área administrativa, com destaque para as de Consultor Comercial para o Rio Grande do Sul, Consultor Comercial para o Nordeste, Coordenador de Customer Success e Analista de Parcerias Pleno, entre outras. Ao todo são 141 vagas abertas.

Para mais informações sobre todas as vagas disponíveis, acesse http://bit.ly/imprensa_vagasdb1.

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Cargill reforça importância do Brasil como produtor mundial de alimentos, investindo 918 milhões reais no país à medida que amplia receitas

O Brasil teve safras recordes em 2020 e o país reforçou sua importância como um dos principais produtores de alimentos do mundo. Para apoiar os produtores brasileiros e atender à demanda global, a Cargill aumentou o volume total originado, processado e comercializado durante o ano, levando a um crescimento de receita de 38% em relação ao ano anterior. Os resultados financeiros da Cargill em 2020, encerrado em 31 de dezembro, indicam receita operacional líquida de R$ 68,6 bilhões, com R$ 918 milhões investidos no país no ano.

“O cenário externo, com a desvalorização do câmbio e o aumento do preço das commodities, favoreceu a nossa operação. Mas o mais importante: a Cargill alcançou resultados expressivos no Brasil com a ajuda de nossos profissionais qualificados, cuja saúde e segurança eram nossas principais prioridades ao nos unirmos ao resto do Brasil para enfrentar os desafios da pandemia de COVID-19”, disse Paulo Sousa, presidente da Cargill no Brasil. “Mantendo-nos fiéis ao nosso valor de colocar as pessoas em primeiro lugar e buscar a segurança de todos, fomos capazes de manter a produção funcionando com segurança, sem interrupções significativas no sistema alimentar. Nossos investimentos nos últimos 5 anos de R$ 3,7 bilhões em operações, modernização e manutenção também nos posicionaram para administrar com resiliência as cadeias de suprimentos para manter a posição do Brasil como um dos maiores produtores de alimentos em todo o mundo”.

Uma das marcas do ano foi o investimento de R$ 328 milhões da empresa na construção da planta de pectina HM em Bebedouro (SP). Esse investimento ocorre em um momento em que a demanda global por pectina apresenta uma taxa de crescimento de cerca de 3 a 4% ao ano. Esse montante é parte do total de R$ 918 milhões investidos no país em 2020 em melhoria contínua e crescimento.

Investindo em pessoas, segurança e inovação em 2020 – um ano como nenhum outro

A Cargill, cujo setor é classificado como essencial, não sofreu interrupções em seus processos produtivos em 2020, apesar da pandemia, mantendo apenas funcionários essenciais em suas instalações físicas e colocando mais de 3.500 funcionários em um esquema de home office. Além disso, a empresa conseguiu contratar mais de 170 profissionais remotamente em 2020.

A pandemia também trouxe desafios de segurança alimentar e saúde para comunidades em todo o Brasil e para a indústria de alimentos. A Cargill trabalhou com organizações sem fins lucrativos parceiras para enfrentar esses desafios, doando mais de R$ 5 milhões para instituições beneficentes em 15 estados brasileiros, favorecendo 324 mil pessoas, além de doar 84 toneladas de alimentos para 156 mil pessoas por meio de suas marcas Liza, Maria e Tarantella.

O impacto no setor de Food Service foi um dos mais notáveis, por isso a Cargill buscou inovações com 500 alunos da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São Paulo (USP) e da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) de Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ainda acompanhando as mudanças no comportamento do consumidor, em 2020 foram feitos investimentos no portfólio de produtos do varejo, criando embalagens sustentáveis ​​e oferecendo novas opções nas linhas de óleo e tomate para atender às demandas dos consumidores por opções mais saudáveis. Além disso, novos produtos da categoria Oils & Dressings foram fornecidos aos consumidores, incluindo os lançamentos de Óleo de Coco Purilev e Vinagrete Liza.

2020 também trouxe inovações no espaço de nutrição animal, pois a Cargill apresentou a Cargill Nutron Franquia para promover ainda mais o acesso a produtos que aumentam a lucratividade para os criadores de gado de corte e leite. A empresa inaugurou o primeiro Centro de Tecnologia Aplicada (TAC) para suínos, em parceria com a Fazenda São Paulo e anunciou um novo Centro de Distribuição de produtos para nutrição animal em Araguaína (TO). Eleita a empresa mais inovadora do agronegócio brasileiro pelo Valor Inovação, a Cargill continuou ampliando a oferta para clientes nos mercados de aves, suínos, lácteos e bovinos. Lançou também a linha Fábricas NutronMilk, que auxilia no processo produtivo das fábricas e entrega mais qualidade e agilidade na formulação de rações para gado leiteiro; e NutronLayes para produção de ovos, que reúne um amplo portfólio de produtos, serviços e tecnologias digitais exclusivas para que as aves aumentem seu desempenho com máximo bem-estar.

Compromisso com cadeias de abastecimento sustentáveis, livres de desmatamento e conversão

A Cargill aprimorou significativamente e certificou a sustentabilidade de sua cadeia da soja para atender à demanda atual e futura por um produto sócio ambientalmente responsável. No ano passado, a empresa certificou 600 mil toneladas de soja, volume 90% superior ao da safra anterior. A empresa também concluiu o mapeamento dos pontos de coleta para 100% dos seus fornecedores diretos de soja no Brasil, permitindo um melhor monitoramento da cadeia de suprimentos e o cumprimento dos compromissos da Cargill com a Sustentabilidade .
No final de 2020, a Cargill pagou um prêmio aos produtores que comercializaram soja sustentável certificada por meio do programa 3S (Soluções para Suprimentos de Soja Sustentáveis) da empresa. 95 agricultores, representando 860 mil hectares de área total em seis estados brasileiros (Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia e Pará) participaram do Programa 3S, disponibilizando um suprimento sustentável de soja do Brasil para compradores ao redor o mundo. Atualmente, a Empresa possui cinco diferentes tipos de certificações para a soja e seus derivados em seu portfólio: Programa 3S – Soluções para Suprimentos Sustentáveis​​de Soja; a Certificação RTRS – Mesa Redonda sobre Soja Responsável; o FEMAS – Esquema de Garantia de Materiais de Ração; o 2BS – Sustentabilidade dos Biocombustíveis de Biomassa; e ProTerra.

A empresa também lançou o Land Innovation Fund com o objetivo de tornar a cadeia de abastecimento da soja livre de desmatamento e conversão. O fundo acelera o desenvolvimento e a implementação de opções inovadoras e economicamente viáveis ​​para os agricultores da América do Sul, como alternativas para a conversão de florestas e outras vegetações nativas nos biomas Amazônia, Cerrado e Gran Chaco.

Por fim, o Porto Hidroviário de Miritituba, em Itaituba, Pará, obteve a Certificação LEED – Leadership in Energy and Environmental Design (em português Liderança em Energia e Design Ambiental) concedida pelo United States Green Building Council (USGBC). O terminal é o primeiro a receber essa certificação na América Latina, o que atesta a sustentabilidade das operações deste porto hidroviário da Cargill.

Manter uma cadeia de suprimentos resiliente no Brasil em 2021

Mesmo com o aumento da vacinação contra o Covid-19 no país, a Companhia acredita que 2021 continuará sendo desafiador para todos os setores, à medida que o país continua a navegar pelos efeitos da pandemia. Isso exigirá maior resiliência do agronegócio brasileiro para que o país continue se mostrando um fornecedor confiável para o mundo. No segmento agrícola, o desafio de conectar produtores e mercados consumidores torna-se ainda mais relevante.

“Com os atrasos na colheita da soja, colocamos à prova nossos investimentos na logística brasileira”, destaca Sousa. “Os investimentos realizados nos últimos cinco anos nos posicionam para estarmos prontos para uma reação rápida aos desafios operacionais, reforçando nosso compromisso de ser o fornecedor de maior confiabilidade para nossos clientes”.

Para o mercado de nutrição animal, a expectativa é de estabilização nas exportações e fraca demanda doméstica por proteína animal, ocasionada pela queda no valor do auxílio emergencial. Tal cenário demanda dos produtores o gerenciamento de sua capacidade de produção e uso de tecnologia.

O setor de alimentos deve manter uma demanda aquecida, em linha com o varejo, que seguirá sua trajetória de crescimento, e os formatos Cash & Carry e Proximidade devem ganhar ainda mais destaque. O consumo via e-commerce deve crescer ainda mais e assumirá seu papel de veículo complementar de distribuição para consumidores e varejistas. Dessa forma, a Cargill continuará sua jornada de investimento em inovação e geração de valor para o consumidor, com novas apresentações, novos formatos e opções premium. Grandes marcas como Liza, Elefante e Pomarola também estarão ainda mais próximas do consumidor por meio da comunicação digital contínua.

Em grãos, a Cargill seguirá no caminho de contribuir e trabalhar em parceria com diferentes atores sociais para aumentar a sustentabilidade das cadeias produtivas.

“O Brasil está empenhado em se posicionar como um fornecedor confiável de alimentos para o mundo”, concluiu Sousa. “A Cargill mostrou a resiliência de nossa cadeia de suprimentos em 2020 e está posicionada para continuar apoiando o setor agroindustrial do Brasil em 2021, aumentando a segurança alimentar aqui no país e entregando um abastecimento competitivo e sustentável para clientes globais. Nossa equipe de 11 mil funcionários em todo o país permanecerá firme em fazer nossa parte para nutrir o mundo com segurança, responsabilidade e sustentabilidade, mesmo que nossa rotina de trabalho e vida privada continuem a ser afetadas pela pandemia”.

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8 motivos que provam que inovação é importante nos negócios

Por Pedro Palmeira

Peter Drucker, o pai da Administração Moderna, dizia: “A empresa possui apenas duas funções básicas: marketing e inovação. Estas produzem resultados, todo o resto são custos”.

Se você é empreendedor talvez tenha pensado em pelo menos mais dez itens que considera essenciais para a sua empresa. Mas, afinal, por que inovar é tão importante? Um dos principais motivos é que inovação representa diferencial competitivo e agrega valor ao negócio.

Inventar não é inovar. Para ser chamado de inovador, o produto, serviço ou processo precisa chegar ao usuário. A inovação pode ser baseada em competências existentes ou mesmo destruidora de competências. A descoberta pode ficar nas anotações de um inventor, a inovação não, ela tem que ser utilizada. 

Qual empresa não almeja conquistar um diferencial no mercado? Algo que a torne mais eficiente que as concorrentes? A inovação viabiliza essa conquista, ou seja, tem diferencial competitivo. E isso, por si só, já demonstra o quanto inovar é importante. Quanto mais inovadora a empresa for, e conseguir se apropriar dos ganhos dessa inovação, mais sustentável e duradoura é a vantagem competitiva, permitindo posicionamentos estratégicos mais favoráveis.

Mas será que a inovação está tão fora do alcance das empresas? A literatura diz que, para aproximadamente 80% dos projetos de inovação em uma empresa, o conhecimento já existe, seja dentro do próprio negócio ou disponível no mercado. Assim, podemos afirmar que a inovação está dentro da empresa. A questão é organizar esse conhecimento de forma criativa. Somente no restante, ou seja, em 20% dos casos é necessário algum tipo de pesquisa para promover algo realmente novo.

Se sou criativo automaticamente vou ser inovador? Longe disso. Criatividade é a nossa capacidade de gerar novas ideias. Já inovação é a implementação prática de uma ideia, produto ou processo. Portanto, a criatividade gera ideias e a inovação as transforma em algo para o mercado. Ser apenas criativo não basta. Para transformar criatividade em inovação, é necessário muita “transpiração”.

Para que inovação e criatividade passem das pessoas para a empresa é necessário que elas façam parte da estratégia e da cultura do negócio. Ou seja, apostar nas pessoas. É importante que os processos organizacionais estejam afinados com a inovação, que haja políticas que favoreçam a incorporação da criatividade no seio organizacional.

Se uma empresa possui uma política extremamente punitiva, onde qualquer erro se torna uma advertência, suspensão ou demissão, dificilmente seus funcionários terão espaço para serem criativos. Agora, em uma companhia onde os erros são, sempre que possível, tolerados e utilizados como forma de aprendizagem, há mais probabilidade de empregados criativos se arriscarem. O segredo é como cada organização realiza esse ajuste fino e incorpora essas práticas em sua cultura.

A inovação está relacionada ao ambiente em que estamos inseridos. O ecossistema faz a diferença. Em ecossistemas que reúnem universidades, empresas inovadoras, instituições científicas e tecnológicas, além de empresas demandantes de inovação, ocorre o que os economistas chamam de “economia de aglomeração”, e aí se dá o ‘milagre’. O Vale do Silício provavelmente é o caso mais conhecido.

Cada ecossistema tem sua própria alma e favorece a criação de insights importantes. O Biopark, localizado em Toledo, Oeste do Paraná (PR), é um bom exemplo de ecossistema saudável, que já nasce com a capacidade de induzir a atividade inovadora empresarial e provocar bem-estar para todos os stakeholders no entorno. É preciso inovar para superar os grandes desafios da humanidade.

A pandemia de Covid-19 colocou a ciência no “centro da sala”. Em toda nossa história, as pessoas nunca olharam tanto para a ciência como agora. E foi por meio dela e da inovação, que pudemos voltar a ter esperança, dado o desenvolvimento em tempo recorde de vacinas com alto conteúdo inovador. Inovar é importante para a empresa, para o país, para cada cidadão e para as futuras gerações.

Afinal, por que inovar? Porque vale a pena! Vale a pena para todos os indivíduos que no dia a dia se valem dos produtos e serviços inovadores. Para as empresas, que podem obter maiores margens de lucratividade, e assim remunerar melhor seus acionistas, seus funcionários e gerar mais rendas para sua localidade. Para o país é muito importante, porque é através da maior produção de conteúdo tecnológico e inovador que serão melhorados seus termos de troca com o exterior e, consequentemente, a renda e as condições de vida de sua população. Enfim, no limite, inovar é necessário para o planeta e para a nossa própria sobrevivência como espécie. Inovação agora, inovação sempre!

Pedro Palmeira, conselheiro do Biopark e consultor de empresas do segmento farmacêutico e de biotecnologia. Atuou como chefe de Departamento do BNDES. 

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Deputados pedem que MP investigue repasses de R$ 95 milhões ao Tecpar

Os deputados Soldado Fruet (PROS), Mabel Canto (PSC) e Arilson Chiorato (PT) pediram que o Ministério Público do Estado do Paraná (MPPR) fiscalize a legalidade das transferências e aplicação dos recursos públicos relativas ao aumento da participação do Governo do Estado no Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), nos termos do Projeto de Lei 130/2021, encaminhado pelo Poder Executivo à Assembleia Legislativa do Paraná.

Na manhã desta segunda-feira (26), o deputado Soldado Fruet entregou ao procurador-geral de Justiça do MPPR, Gilberto Giacoia, e ao subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Mauro Sérgio Rocha, o ofício solicitando a investigação, aos quais foram anexados vários documentos para análise do órgão.

Conforme o PL 130/2021, o Governo do Paraná repassou R$ 52,1 milhões ao Tecpar em 2019, por meio de Adiantamento para Futuro Aumento de Capital, através das transposições autorizadas pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nos Decretos nº 2.718/19, 3.208/19 e 3.608/19. Já no exercício de 2020, via Decreto nº 5.958/20, o Estado transferiu mais R$ 43,8 milhões, totalizando R$ 95,9 milhões em repasses nos últimos dois anos, conforme o Balanço Orçamentário. Mas os deputados destacaram que a receita operacional líquida do Tecpar, que chegou a R$ 404,6 milhões em 2018, caiu para R$ 9,7 milhões em 2019 e R$ 7,3 milhões em 2020, enquanto as despesas de pessoal nos últimos dois anos foram de R$ 49,5 milhões e R$ 32,5 milhões, e as administrativas, de R$ 26,2 milhões e R$ 15,6 milhões. 

Os parlamentares apontaram que, em 2019, as despesas de pessoal e administrativas superaram o faturamento da empresa em R$ 66,1 milhões e, no ano passado, em R$ 40,9 milhões. Já os extratos bancários disponíveis no site do Tecpar revelam que o saldo de todas as contas da empresa – inclusive as contas vinculadas a convênios e repasses – em 31/12/2020 era de R$ 92,2 milhões e caiu para R$ 86,7 milhões em 31/01/2021. “Se o saldo de todas as contas juntas é menor do que as transposições realizadas para aumento de capital, onde foi utilizado o dinheiro?”, questionou Soldado Fruet, indagando onde estão depositados os R$ 95,9 milhões repassados para aumento do capital. Para ele, “parece que o PL 130/2021 busca dar ares de regularidade a um aumento de participação acionária que tem como único fim resolver os problemas de caixa enfrentados pelo Tecpar nos últimos anos”. 

O deputado Soldado Fruet ressaltou que o Tecpar deixou de ser empresa estatal dependente do Estado em 2018, não podendo receber repasses para arcar com pagamentos de despesas com pessoal ou custeio em geral, conforme o artigo 44 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Apontou ainda que os decretos do governador de 2019, transpondo valores destinados à Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e recursos do Fundo Paraná para aumentar o capital social do Tecpar, não tiveram autorização legislativa prévia, prevista no artigo 167, inciso VI, da Constituição Federal. “Agora, no bojo do PL 130/2021, o Poder Executivo busca autorização posterior do Poder Legislativo para carimbar os repasses feitos irregularmente”, observou, pontuando que as transposições não estão expressamente previstas na Lei Orçamentária Anual (LOA) nem na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). 

Averiguação – Os deputados solicitaram que o MP apure onde está o dinheiro repassado desde 2019, se houve pagamento das despesas de pessoal e administrativas com a receita oriunda da majoração do capital social do Tecpar e o remanejamento de verba orçamentária sem a prévia e necessária autorização legislativa. Também pediram que o órgão verifique a observância aos princípios da legalidade, moralidade e proibição ao estorno, além da adequação da conduta do governador às Leis nº 1.079/50 (que define os crimes de responsabilidade) e nº 8.429/92 (de Improbidade Administrativa). Caso seja constatada a ilegalidade na transferência e aplicação dos valores, eles reivindicaram que o MP tome as medidas administrativas e judiciais cabíveis para anular os atos “viciados” e os repasses do Estado ao Tecpar.

Fonte: Assembleia Legislativa do Paraná

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Startup curitibana de sites automotivos cresce com pandemia e entra em programa do Google

A transformação digital já era missão da DealerSites ( www.dealersites.com.br) mesmo antes da pandemia, quando a startup curitibana já atuava na digitalização do setor automotivo, com foco na experiência do consumidor e aliada a estratégias de marketing digital, para gerar maior conversão para as concessionárias. No último ano, com a aceleração do processo, a empresa cresceu 100%, com mais de R$ 3 mihões de faturamento, e foi uma das selecionadas para o programa Google for Startups.

“Hoje, conseguimos aumentar até 30% na base de leads e essa experiência resultará em ainda mais qualidade e eficiência. Afinal, contamos com os especialistas do Google, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, para construir e refinar novos produtos e soluções”, diz Cesar Cantarella, CEO da DealerSites. Criada em 2015, a empresa representa mais de 600 concessionárias e revendas no país, é parceira oficial da Stellantis e da HPE e soma mais de 167 mil leads gerados no ano passado e 62.500 apenas no primeiro trimestre de 2021.

Com as medidas restritivas para evitar a disseminação da Covid-19, revendedores, concessionárias e montadoras que ainda não estavam atualizados com canais digitais tiveram que correr para se adaptar ao novo cenário. A transformação digital no varejo automotivo passou de tendência à realidade – e prioridade. Segundo a 21ª edição da Pesquisa Global com Executivos do Setor Automotivo 2020, da consultoria KPMG, as pessoas estão mais abertas a fechar negócios online, contanto que tenham garantia de satisfação (41%), vantagem de preço (38%) e marca confiável (36%).

Para atrair o exigente consumidor 4.0, é essencial um site que preze por uma experiência positiva, que influencie na decisão de compra. Este é o papel da DealerSites, que desenvolve plataformas digitais 100% voltadas ao setor automotivo, à performance de vendas e a análises e integração de dados. Os sites são responsivos e têm gerenciamento de conteúdo simples e direto, para dar autonomia na manutenção.

Indicadores de marketing digital – como métricas de analytics e otimização SEO – ajudam nas estratégias, enquanto que outros parâmetros de análise específicos são a cereja do bolo para atrair novos negócios online, como dados dos veículos mais visualizados, de taxas de conversão, de fluxo de negociação e de comportamento do consumidor no showroom digital. “A jornada de quem procura um carro inicia no Google, por isso oferecemos um produto que tem aderência com as soluções e os parâmetros deles. Fazemos, por exemplo, um trabalho cirúrgico de SEO nos sites das concessionárias, para manter nossos clientes bem rankeados nos mecanismos de busca e facilmente encontrados”, diz Cantarella.

DealerSites implementa inovação com Google for Startups

O Google for Startups Accelerator Brasil tem a duração de três meses, em que a DealerSites terá tutoria para inovar e aumentar a escala, com uma metodologia que prioriza a Inteligência Artificial e as melhores práticas de liderança. “Buscamos estar sempre um passo à frente e trazer novidades e essa é mais uma etapa”, diz o CEO.

O programa prevê acesso a novos produtos e ferramentas do Google, mentoria de nuvem, machine learning e Android e treinamento técnico em design, pessoas, produtos e marketing de crescimento, além de suporte e contato com a rede global de mentores e especialistas. “Demonstramos o nosso potencial em oferecer os melhores serviços e produtos para o setor automotivo e contamos com o todo o conhecimento do Google para a construção de empresas de sucesso”, vibra Cantarella.

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52% dos RHs acreditam que a transformação digital e o uso da tecnologia no recrutamento são as maiores tendências de R&S em 2021

A Gupy , empresa líder em tecnologia para Recursos Humanos no Brasil, realizou nos dias 14 e 15 de abril o evento Gupy Compartilha, que recebeu mais de 6.000 inscrições de profissionais de RH de todo o Brasil. O evento contou com palestrantes como José Roberto Daniello, CPO da Alpargatas, Raquel Andrade Werner Brandão, Superintendente de Pessoas do Itaú, Caio Zaio, Gerente de Diversidade e Inclusão da Ambev, e outros líderes de grandes empresas como Renner, Continental, Domino’s, Arco, PMWeb e Nexa.

Durante o evento, onde foram abordados temas como Recrutamento e Seleção, Digitalização de processos de admissão, People Analytics e Diversidade e Inclusão, foi realizada uma pesquisa ao vivo com os participantes do evento, que ultrapassaram a marca de 600 pessoas simultaneamente, e os dados levantados foram bem expressivos: 39% dos profissionais de RH acreditam que as principais tendências de R&S (Recrutamento e Seleção), em 2021, incluem a digitalização e utilização de Inteligência artificial, enquanto mais de 13% vê como tendência a seleção de talentos orientada a dados. Além da tecnologia, outra propensão é a diversidade: 17,39% dos profissionais afirmaram que a adoção de ações e práticas de diversidade e inclusão serão os principais caminhos do mercado de R&S.

Quanto aos desafios do setor nos processos de admissão, 43,21% dos profissionais de RH apontaram os erros na documentação e muita papelada, seguido por lentidão e burocracia (35%) e experiência negativa para o DP, gestores e contratados (21,79%).

Segundo Guilherme Dias, CMO e cofundador da Gupy: “A pandemia acelerou muitas tendências para o setor de Recursos Humanos e deixou claro que trata-se de uma área estratégica para as empresas: lidar e cuidar de gente passou a ser a prioridade na adaptação ao trabalho remoto. Porém, o RH é um dos setores mais desatualizados em termos de tecnologia. Saber que os participantes do Gupy Compartilha já enxergaram a necessidade dessa transformação digital nos deixa ainda mais motivados a seguir colaborando com o crescimento do ecossistema de HR Techs, que em 2019 foi o terceiro setor que mais concentrou o capital investido nas startups no Brasil, com 11.6% do total, segundo estudo do Distrito HR Tech Report Brasil 2020” .

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Abril verde: em nome da saúde e da segurança do trabalhador

Por Márcio Rogério Paschoalinotto

As campanhas de prevenção que associam um mês a uma cor específica surtem efeitos cada vez mais. Assim acontece com o Outubro Rosa e o Novembro Azul, duas iniciativas voltadas aos cuidados contra o câncer. Em 2005,  foi promulgada a Lei 11.121, criando o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho e, consequentemente, o Abril Verde.

Em abril, todas as pessoas que prendem um laço verde ao seu uniforme de trabalho simbolizam um episódio que precisa ser lembrado. No dia 28 de abril de 1969, a explosão em uma mina no estado norte-americano da Virginia matou 78 trabalhadores. Em 2003, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) instituiu a data como o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, em memória das vítimas.

Como campanha, o Abril Verde une a preocupação com a saúde do trabalhador e a segurança em todas as suas atividades laborais. De acordo com o Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho, foram notificados mais de 4.5 milhões de acidentes no Brasil entre 2012 e 2018; 5,4 mil no município de Campinas – SP. Nesta plataforma digital desenvolvida em conjunto pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e OIT Brasil, é possível estimar a quantidade de acidentes nas 5.507 cidades brasileiras e projetá-la para os dias atuais para constatar que os números são bastante expressivos e despertam a preocupação dos gestores responsáveis pela segurança dos colaboradores.

Também com base no Observatório, nos setores econômicos com mais comunicações de acidente, a construção civil aparece em quarto lugar. A chamada Norma Regulamentadora nº 4, ou simplesmente NR 4, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), estabelece os critérios para a organização dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança em Medicina do Trabalho (SESMT). A construção civil está enquadrada entre o grau de risco 3 e 4, dependendo do tipo de obra.

É importante dizer que, além de ser uma obrigatoriedade legal, a existência dos SESMT e as ações instituídas por cada empresa que atua na construção civil são contribuições inestimáveis para a integridade física, a saúde e o bem-estar dos colaboradores.

Podemos enumerar aqui os tipos de acidentes mais comuns nas obras: batidas contra objetos, quedas de nível, projeção de materiais, aprisionamento ou prensagem, soterramento e choque elétrico. Em geral, são ocasionados por ato inseguro, ou seja, falta de atenção e de utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI), estado emocional abalado e excesso de confiança. A condição insegura, pela falta de Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) e não entrega de EPI aos colaboradores, é outra causa de ocorrências. A falta de orientação e treinamento, assim como as pressões externas, também influenciam nesses resultados.

Além do uso obrigatório dos EPIs, a segurança em uma obra pode (e deve) ser reforçada com a implementação de sistemas de proteção coletiva, acompanhada por técnicos e profissionais especializados. Neste sentido, citamos os sistemas de linhas de vida, os pontos de ancoragem, a proteção periférica, como guarda-corpo, bandejas, telas fachadeiras e redes de segurança, as proteções de abertura, as plataformas externas de trabalho para evitar exposição a quedas, entre outros recursos.

Da mesma forma que os equipamentos, os projetos de incentivo às boas práticas de segurança são essenciais. Por isso, a importância de se investir em programas de acidente zero, atentar para as regras de ouro da segurança e realizar treinamentos e capacitação de maneira continuada.

Quando damos a real importância à vida do colaborador, ele tem a garantia de que voltará íntegro para sua família no final do dia. Também se tornará um importante agente de disseminação da cultura de saúde e segurança em seu trabalho. Para o bem-estar de todos.

Márcio Rogério Paschoalinotto, gerente de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho da A.Yoshii

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Governo Federal anuncia liberação de R$ 6,3 milhões para obra de saneamento no Paraná

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) anunciou, nesta sexta-feira (23), a autorização de pagamentos que somam R$ 6,3 milhões para a continuidade de duas obras de saneamento básico no Paraná.

A maior parte do repasse, de R$ 6,1 milhões, será para a sequência das intervenções de manejo de águas pluviais em Curitiba. As ações preveem a instalação de calhas dos rios e bacias de amortecimento dos rios Belém, Pinheirinhos, Água Verde, Pilarzinho e Juveve. Além disso, o município de Sarandi vai ter R$ 204 mil disponíveis para dar continuidade às obras de ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário.

“O investimento em saneamento básico é fundamental para garantir dignidade e melhores condições de vida para milhares de famílias brasileiras. Além disso, o governo do presidente Jair Bolsonaro tem o compromisso de não deixar obras paralisadas e de terminar empreendimentos em andamento. Assim, demonstramos todo o respeito ao dinheiro pago pelo contribuinte”, destacou o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

R$ 72,7 milhões para 15 unidades federativas

Além dos R$ 6,3 milhões, o MDR anunciou a liberação de outros R$ 66,4 milhões para a continuidade de obras de saneamento em outras 14 unidades da Federação. Os repasses também vão atender empreendimentos nos estados do Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo, além do Distrito Federal.

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Gerdau reinicia produção de aço no Paraná

A Gerdau vai retomar as operações de produção de aço na unidade localizada no município de Araucária (PR) no segundo semestre deste ano, reflexo do cenário positivo para a demanda por aço no Brasil, principalmente dos setores da construção civil, infraestrutura e indústria. O investimento para o reinício das atividades na usina é da ordem de R$ 55 milhões.

Com capacidade anual de produção de 420,000 toneladas de aço de aço bruto, a unidade, hibernada desde 2014, terá suas atividades retomadas gradualmente, com os volumes ajustados em linha com a evolução do mercado nacional. Com isso, serão gerados cerca de 300 novos postos de trabalho diretos e indiretos.

“Estamos otimistas com as boas perspectivas apresentadas para o mercado doméstico. Com o reinício da produção, a empresa visa seguir atendendo o aumento da demanda por aços longos no Brasil, bem como otimizar o fornecimento de produtos aos clientes em todo o País em associação às capacidades já existentes”, afirma Marcos Faraco, vice-presidente da Gerdau.

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Atacadão inaugura mais uma loja no Paraná

O Atacadão, maior atacadista brasileiro em número de lojas e com abrangência nacional, inaugurou, em 20 de abril, mais uma loja de autosserviço em Curitiba. Com a abertura, a rede chega a 13 lojas de autosserviço e dois centros de distribuição. Esta é mais uma unidade Makro – adquirida em 2020 – e que foi convertida em Atacadão.

A nova unidade Atacadão recebeu um investimento de R﹩ 12 milhões e possui 5524 m², amplo estacionamento com 178 vagas. O formato atacarejo atrai todos os tipos de públicos, mas em sua maioria estão os microempreendedores – como proprietários de bares, pizzarias, minimercados – e consumidores finais. Para atender todas as exigências de seus consumidores, a rede oferece milhares de opções de produtos que podem ser adquiridos em embalagens de diversos tamanhos, fechadas ou fracionadas, de acordo com a necessidade do cliente.

A rede disponibiliza aos consumidores uma ampla variedade de marcas nos setores de mercearia, bebidas, cuidados pessoais, artigos de limpeza, frios e laticínios, incluindo líderes de mercado, produtos regionais e alternativas de baixo custo. Já na área de hortifrúti, os consumidores encontram também uma seleção de alimentos frescos e de qualidade. Há ainda produtos para casa, carro, animais de estimação e itens para festa.

Atualmente o Atacadão tem 220 lojas pelo Brasil. No Paraná, Estado em que está presente desde 1962, a rede possui lojas em Cambé, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Umuarama, Londrina, Curitiba e Maringá.

Covid-19

Todas as medidas de segurança foram tomadas para a inauguração da loja. Para funcionamento, a unidade segue todas as recomendações dos órgãos de saúde: o uso de máscaras pelos funcionários e clientes, controle de entrada de clientes, sinalização para distanciamento nas filas, medição de temperatura, barreira de acrílico nos checkouts e disponibilização de álcool em gel. Além disso, todas as lojas ressaltam a importância do uso de máscaras pelos consumidores e comparecimento de apenas uma pessoa por família, sempre que possível.

Atacadão Curitiba

Endereço: Av. Presidente Wenceslau Braz, 1046

Horário de funcionamento: De segunda a sábado das 7h às 22h. Nos feriados, verificar diretamente com a unidade. Por conta das restrições, a loja não abre aos domingos.

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Quarta revolução industrial, as peças que faltavam para o advento da economia circular

Por Marcelo Souza

Provavelmente você já deve ter escutado o termo economia circular, ainda mais com o aumento da preocupação da população com relação ao meio ambiente. Isso porque ela propõe novos modelos de produtividade e uma nova maneira de gerir negócios e vidas. Contudo, não estamos obrigatoriamente falando de algo único ou novo, mas sim de uma onda que se forma debruçada sobre o ombro de muitos outros conceitos e seus pensadores.

Assim, a economia circular encontrou na quarta revolução industrial a “energia” que precisava para chegar à costa e causar transformações profundas. Antes de podermos nos aprofundar propriamente no que chamo de “tsunami da nova economia”, vamos trazer à memória suas raízes, como o pensamento em ciclos ou economia de performance, criado pelo arquiteto suíço Walter R. Stahel durante a década de 70, com o conhecido conceito “do berço ao berço” que propõe que o produto deve ser pensado desde de sua concepção até seu descarte correto. Em seguida, emerge o conceito da ecologia industrial, ainda durante a década de 70 e com forte presença no Japão, introduzindo a simbiose industrial.

Anos mais tarde, em 1994, John T. Lyle apresentou o conceito do designer regenerativo, pautado no equilíbrio entre eficiência e resiliência, colaboração e competição, diversidade e coerência, observando a necessidade do todo. Mais recentemente, no início do século XXI, a bióloga Janine Benyus, em um abordagem tecnicista, inspirada na natureza, introduz a biomimética que reúne biologia, engenharia, design e planejamento de negócios na busca da mimetização, ou seja, copiar os processos bioquímicos observados na natureza para a gestão de fluxos de energias e materiais.

Durante a era das revoluções industriais, e de forma mais acentuada a partir do século XIX, acompanhamos a crescente oferta de produtos e bens de consumo, debruçados sobre o conceito da obsolescência programada. Essa ideia, criada pelo presidente da General Motors, Alfred P. Sloan, durante a década de 20, fala sobre o fabricante planejar o exato momento em que seus produtos se tornem obsoletos ou não funcionais, com o único propósito de forçar o consumidor a comprar uma nova geração de itens. Assim, presenciamos o mundo criar muitas riquezas, mas executar uma péssima distribuição. O que o senhor Sloan não se atentou é que em 2050 seremos aproximadamente 10 bilhões de pessoas no planeta e estamos consumindo de forma linear, cada vez mais acelerada pela aplicação lucrativa, mas gananciosa obsolescência programada. Estamos consumindo recursos naturais finitos e gerando um desgaste ao meio ambiente, nosso fornecedor primário de tudo.

Esse modelo linear, base da nossa economia atual, é pautado em extração, produção, uso e descarte. Com o crescimento populacional, e naturalmente esse tipo de molde precisando ser cada vez mais eficaz para o atendimento da crescente demanda, o colapso do sistema fica mais evidente. O dia de sobrecarga da Terra trata-se da data em que consumimos todos os recursos naturais disponíveis para o ano e, a cada ano que passa, batemos novos recordes. Se comparado com uma conta bancária, por exemplo, seria o dia que se entra no vermelho.

Em 2019, o dia de sobrecarga da Terra no Brasil foi 31 de julho e, nos EUA, 15 de março, ou seja, utilizamos os recursos naturais disponíveis para o ano de 2019 inteiro até o dia 31 de julho e os americanos meses antes. Para ter parâmetro de comparação, o mesmo marco, na década de 70 acontecia no dia 29 de dezembro. O surgimento da quarta revolução industrial, que chamo de “Tsunami da Economia Circular”, é algo que precisa acontecer e, graças a bilhões de pessoas conectadas, isso é possível.

Durante minha carreira tenho ministrado inúmeras palestras para os mais diversos públicos e sempre faço uma pergunta recorrente: Quem aqui tem uma furadeira em casa? Acreditem, é normal termos mais de 90% das mãos levantadas. Em seguida pergunto: Quem aqui já fez mais de 20 furos com esse equipamento? Nesse caso, as mãos baixam drasticamente. Para entender melhor essa dinâmica, por falta de dados técnicos, procurei meus colegas da manutenção e perguntei quantos furos uma furadeira tem a capacidade de fazer durante a sua vida útil. Eles contaram que possuem equipamentos que tem mais de cinco anos e são utilizados, ao menos, três vezes por semana, fazendo de 20 a 30 furos cada vez que trabalham, assim entendemos que esse equipamento já fez mais de 18 mil furos. As pessoas que conheço possuem uma furadeira em casa fazem menos de 50 furos em sua vida. Isso sem falar dos novos modelos com bateria mais forte, que fazem o furo, parafusam e possuem outras funcionalidades. Seria obsolescência programada?

Naturalmente isso teria contribuído para o dia de sobrecarga da Terra ficar mais próximo do dia 31 de dezembro, novamente. Perguntas que devem ser feitas para entender essa questão são: Precisamos de um carro ou nos locomover? De um DVD ou do acesso ao filme que queremos assistir? De uma máquina de lavar ou da roupa limpa? A economia circular deixa de consumir linearmente recursos e foca em redução de extração, redução de perdas de processo, otimizar o uso dos materiais, circular mais e melhor e retornar os materiais a novos ciclos.

Esse conceito de Economia Circular encontrou no mundo das plataformas uma das marcas da quarta revolução industrial: a possibilidade de se tornar um tsunami, uma nova economia. Como disse o professor Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial em seu livro A Quarta revolução industrial, “O conhecimento compartilhado passa a ser especialmente decisivo para moldarmos um futuro coletivo que reflita valores e objetivos comuns”. E você prefere continuar vendendo produtos ou migrar para serviços?

Marcelo Souza, CEO da Indústria Fox

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Estudo da IBM: COVID-19 impactou 9 em 10 pontos de vista dos consumidores sobre sustentabilidade

 A pandemia do COVID-19 elevou o foco dos consumidores na sustentabilidade e a disposição de pagar do próprio bolso – ou até mesmo receber um salário menor – por um futuro sustentável, de acordo com um novo estudo do IBM Institute for Business Value, com mais de 14.000 consumidores em nove países, incluindo o Brasil.

Nove em cada 10 consumidores pesquisados ​​relataram que a pandemia afetou seus pontos de vista sobre a sustentabilidade ambiental, mais do que qualquer outro impacto citado, como incêndios florestais, desastres devido a eventos climáticos e cobertura de notícias sobre o assunto.

A pesquisa também revelou diferenças na opinião do consumidor entre as geografias, com os americanos pesquisados ​​relatando a menor preocupação com a sustentabilidade em muitos tópicos. Apenas 51% dos consumidores americanos disseram que lidar com as mudanças climáticas era muito ou extremamente importante para eles – 18 pontos percentuais abaixo da média.

“Os consumidores estão cada vez mais preocupados e vocais sobre a sustentabilidade e as empresas precisam mostrar, não apenas contar, seu compromisso com este tema para manter ou ganhar credibilidade, mas para contribuir para um futuro mais sustentável”, diz Tonny Martins, Gerente Geral IBM América Latina “Hoje, menos da metade dos consumidores confia nas declarações das empresas sobre a sustentabilidade ambiental. É nosso papel como líderes colaborar para mudar esses números, aplicando tecnologias inovadoras como IA e blockchain para aproveitar os dados e alavancar juntas empresas mais sustentáveis, sociedades e países”.

De acordo com a pesquisa, muitos consumidores estão cada vez mais dispostos a mudar a forma como fazem compras, viajam, escolhem um empregador e até mesmo onde fazem investimentos pessoais devido a fatores de sustentabilidade ambiental.

Os funcionários estão dispostos a aceitar um salário mais baixo para trabalhar em uma empresa que se preocupa com a sustentabilidade

De acordo com a pesquisa, 71% dos funcionários e candidatos a emprego entrevistados dizem que as empresas ambientalmente sustentáveis​​são empregadores mais atraentes. Além disso, mais de dois terços de toda a força de trabalho potencial* têm maior probabilidade de se candidatar e aceitar empregos em organizações ambientalmente e socialmente responsáveis ​​- e quase metade aceitaria um salário mais baixo para trabalhar nessas organizações.

Ao mesmo tempo, menos da metade dos consumidores pesquisados ​​(48%) confia nos compromissos corporativos com a sustentabilidade, com 64% dos entrevistados esperando um maior escrutínio público no próximo ano.

Quase metade (48%) de todos os investidores pessoais pesquisados já leva a sustentabilidade ambiental em consideração em suas carteiras de investimento e um quinto (21%) afirma que provavelmente o fará no futuro.

59% dos investidores pessoais entrevistados esperam comprar ou vender participações no próximo ano com base em fatores de sustentabilidade ambiental.

Metade de todos os consumidores pesquisados concorda que a exposição de uma empresa às mudanças climáticas impacta o risco financeiro dos investidores. Os entrevistados no Brasil refletem o perfil médio geral – o país está em 4º lugar na classificação por nível de concordância. Os entrevistados na Índia e na China relataram, de longe, os níveis mais altos de associação de risco climático com risco financeiro, enquanto Alemanha, EUA, Reino Unido e Canadá são os mais dominados pela incerteza.

Compradores e viajantes pagarão mais pela sustentabilidade ambiental

Apesar do impacto financeiro da pandemia COVID-19 em muitas pessoas, 54% dos consumidores pesquisados ​​estão dispostos a pagar mais por marcas que são sustentáveis ​​e / ou ambientalmente responsáveis.

Além disso, 55% dos consumidores pesquisados ​​relataram que a sustentabilidade é muito ou extremamente importante para eles ao escolher uma marca – 22% a mais do que os consumidores pesquisados ​​antes da pandemia. Um pouco mais de seis em cada dez consumidores pesquisados ​​disseram que estão dispostos a mudar seu comportamento de compra para ajudar a reduzir o impacto negativo no meio ambiente. Os consumidores pesquisados ​​na Índia (78%) e na China (70%) são os mais dispostos. Os consumidores pesquisados ​​em países da América Latina, México (69%) e Brasil (66%), também relataram alto grau de disposição para mudar seu comportamento de compra para ajudar a reduzir o impacto negativo no meio ambiente.

Com relação às viagens, quase um em cada três entrevistados acredita fortemente que seus hábitos pessoais de viagem contribuem para a mudança climática. 80 % dos consumidores pesquisados ​​globalmente relataram que estão ativamente procurando viajar por meios de transporte mais ecológicos, pelo menos um pouco. Na América Latina, 88% dos entrevistados no México e 82% no Brasil disseram o mesmo.

Metodologia

O IBM Institute for Business Value pesquisou mais de 14.000 adultos globalmente de nove países (Estados Unidos, Índia, Reino Unido, Canadá, Alemanha, México, Espanha, Brasil e China) durante março de 2021 para entender melhor as visões e perspectivas dos consumidores sobre a sustentabilidade ambiental.

* Força de trabalho em potencial total refere-se aos respondentes da pesquisa que estão empregados em tempo integral ou meio-período, desempregados, mas atualmente procurando emprego, ou um estudante ou aprendiz em tempo integral.

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