Precisamos acelerar a transformação digital inclusiva

Por Andriei Gutierrez

A economia baseada em dados não é um conceito novo, mas está em ascensão com os atuais projetos de transformação digital. Milhares de dados são gerados diariamente por smartphones, sensores industriais e nos serviços públicos, isso só para citar alguns setores. E foi este cenário disruptivo que influenciou na criação do movimento Brasil, País Digital, liderado pela ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), com a parceria de várias entidades empresariais, que celebrou seus cinco anos de trajetória em maio.

Me recordo do primeiro evento que o movimento organizou, com algumas poucas pessoas ainda, nem imaginava a proporção de conquistas e tamanho que temos hoje. Naquela época já sabíamos que o digital é o mestre do nosso tempo, por isso é possível impactar intensamente todas as esferas da sociedade. E, desde o início, temos sido incansáveis na missão de compartilhar informação, desmistificar os bits e bytes e provocar tomadores de decisão para a construção de um país não somente mais digital, mas também menos desigual.

Junto do Fábio Rua, Cofundador do Brasil, País Digital, desbravamos o campo junto ao legislativo e conseguimos influenciar em muitas tomadas de decisão, como exemplo a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), tão importante para conscientização e o avanço de uma cultura da proteção de dados pessoais e da privacidade no Brasil.

Ao longo desses 5 anos da iniciativa, pudemos impactar mais de 10 milhões de brasileiros por meio do portal https://www.brasilpaisdigital.com.br e das nossas redes sociais, nas quais possuímos cerca de 170 mil seguidores. Durante essa linda jornada, fomos testemunhas ativas da digitalização pelo Governo Federal de mais de dois mil serviços e da notória marca de mais de 100 milhões de pessoas cadastradas na plataforma Gov.BR. Mas ainda é preciso evoluir mais, cidadania digital é garantir os princípios e direitos elencados na Constituição a todos os cidadãos também no ambiente virtual. Estamos crescendo numa velocidade vertiginosa com o avanço dos serviços digitais e é preciso que os governos avancem no mesmo ritmo e amplitude que temos assistido no setor privado.

Acreditamos que cada vez mais aproximando o cidadão, o governo, a academia e o mundo corporativo conseguiremosmos estimular a formação e o desenvolvimento de ecossistemas essenciais para a transformação digital do país.

Também fomos testemunhas da aceleração que a pandemia trouxe para a transformação digital em curso no país. Aceleração que obrigou governos, empresas e cidadãos a mergulharem em profundidade nas suas trajetórias de transformação digital e acelerarem suas mudanças culturais. Foi graças à tecnologia que vimos muitos negócios serem criados, sobreviverem ou até mesmo se reinventarem. Acompanhamos o desafio que tem sido a consolidação da cultura do home office, das aulas e da medicina à distância.

E não nos furtamos de levantar a voz para ecoar também a nossa preocupação para que essa transformação digital não seja mais um elemento potencializador da estrutural desigualdade social que herdamos no nosso país. Clamamos por políticas públicas de inclusão, de democratização dos benefícios da tecnologia para a construção de um país mais justo, com igualdade de oportunidades e maior geração de valor no médio e longo prazos.

Diante disso, é importante ressaltar que a capacitação dos nossos jovens e a requalificação dos profissionais do mercado se tornou uma questão de grande preocupação, já que a pandemia acelerou a transformação digital e com ela mudanças estruturais nas qualificações exigidas. Entendemos que urge uma grande concertação nacional com foco nas qualificações do futuro e na preparação do trabalhador do século XXI. Trabalhadores mais qualificados, além de forte elemento de inclusão, será um fator essencial para o desenvolvimento econômico nacional, para a competitividade das nossas empresas e do nosso país.

Pensar digital é compreender que as respostas dadas hoje ao mercado podem ser insuficientes para as demandas de amanhã. É preciso mudanças de paradigmas, das próprias perguntas que fazemos em busca dessas respostas. Mudança de cultura. Por isso é preciso estabelecer projetos de capacitação permanente dos profissionais e da própria sociedade, incentivando o aprendizado constante.

O Movimento Brasil, País Digital completa 5 anos e temos muito orgulho da nossa trajetória, de todos os parceiros e colaboradores que tivemos ao longo de todo esse tempo e, sobretudo, de ter sido protagonistas e testemunha da transformação digital do no nosso país. Na certeza de que a jornada apenas começou, seguiremos caminhando confiantes de que, na ausência de respostas para todas as perguntas, estamos avançando no rumo certo: o de um país mais digital e menos desigual.

Andriei Gutierrez, Coordenador do Comitê Regulatório da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) e Cofundador e Coordenador do Brasil, País Digital

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Desafios e oportunidades do agro brasileiro

Marcos Jank traça cenários em palestra na AEB

O Brasil é o único entre os grandes exportadores do agronegócio que importa pouco. É ofensivo na exportação e defensivo na importação, o que atrapalha acordos, segundo o professor e pesquisador Marcos Jank, coordenador do Centro Global de Agronegócios do Insper, em palestra para membros da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

“Em uma mesa de negociações, a primeira coisa que os países pedem são contrapartidas, mas temos muitas restrições para entrada de produtos. Acho que isso é um problema que a gente precisa resolver. O Brasil deveria importar mais bens de capital, tecnologia e insumos, por exemplo. Poderíamos exportar mais frutas, lácteos e outros itens de valor agregado se fôssemos menos protecionista”, afirmou Jank.

Terceiro maior exportador global, o agro brasileiro alimenta mais de 1 bilhão de pessoas em 200 países – números que o colocam no topo do ranking dos mais diversificados em destino das exportações.

“Poucos países conseguem esse tipo de diversificação, os Estados Unidos são um deles. E isso ocorre mesmo com uma concentração na China. Aqui vale registrar que, nesse caso, a dependência é recíproca, os chineses também dependem do Brasil”, observou Jank.

Por outro lado, na diversificação por produtos, o Brasil está entre os piores do mundo, segundo o especialista. São poucos produtos, basicamente uma dezena de commodities puxada pela soja. Jank defendeu a diversificação para outras cadeias produtivas, como frutas, pescados, lácteos e produtos de maior valor adicionado.

“De maneira geral, o que puxa as exportações brasileiras é o aumento dos volumes e essa demanda asiática incrível! Estamos no século da Ásia para o agronegócio, grande região destino do agro brasileiro, que é deficitária em comida”, atestou.

Ao fim da palestra, Jank se mostrou otimista quanto ao futuro do agronegócio por dois fatores: a transformação logística e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Ao todo, 66% do território nacional é composto por vegetação nativa, 21% por pasto e 9% por áreas de plantio. A agricultura, segundo o professor, tende a crescer utilizando as terras de criação de gado.

“Temos uma imensa reserva de pasto, a produtividade na pecuária vem crescendo, e é nesse pasto que a lavoura vai ser ampliada. Existe muito potencial para a agricultura sem desmatar a floresta, esse processo já é uma realidade. Obviamente, é preciso que os governos e a sociedade como um todo controlem a ilegalidade”, alertou o pesquisador.

Quanto à logística, Jank lembrou que apesar do setor de agronegócios ter migrado para a Região Centro-Oeste, a logística continuou costeira, restando ao meio do país apenas estradas de baixa qualidade. Para o professor, porém, com o surgimento de novas ferrovias, como Ferrogrão e Ferronorte, ligando o Mato Grosso e arredores aos portos e outros modais, o panorama do agro deverá mudar bastante em uma ou duas décadas.

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Startup paranaense fatura em cinco meses o mesmo que levantou em todo o ano de 2020

A Celero é uma fintech que oferece um software que funciona como um departamento financeiro online para Pequenas e Médias Empresas de todas as regiões do País

As startups podem ser pequenas empresas no início e começar timidamente, mas em curto período desempenham um papel significativo no crescimento econômico do país. Somente no primeiro trimestre deste ano as startups brasileiras arrecadaram um total de R$ 10,1 bilhões, segundo relatório divulgado pela Sling Hub.

Um dos importantes fatores que resultam desse sucesso é a geração de trabalho, pois essas empresas melhoraram os padrões de emprego, proporcionando oportunidades para profissionais de diversas áreas.

É inegável que o recebimento de um aporte pode transformar a história de qualquer empresa. No caso de uma startup o ganho pode ser ainda maior, já que, em pouco tempo de fundação, as conquistas podem ser incontáveis. As startups também impulsionaram e impactam a economia do país, pois criam tecnologias revolucionárias.         

Neste contexto, o aporte pode significar um aceleramento direto neste processo de crescimento, pois, o investimento recebido significa muitas vezes a realização de negócios que demorariam anos para acontecer, como explica João Tosin, CEO e cofundador da Celero. “O aporte proporciona acesso e possibilidades. Basicamente o dinheiro do investidor serve para acelerar o tempo, pois o que eu conseguiria fazer em dois ou três anos eu posso fazer em questão de meses”, revela o executivo.

Em 2020, a Celero recebeu um aporte financeiro que representou um divisor de águas para os investimentos internos, resultado é que apenas nos primeiros meses deste ano, o faturamento da empresa foi maior do que toda receita do ano passado. “Nós começamos a ter acesso a recursos que a gente não tinha, trazer ferramentas que ajudaram a crescer mais, pudemos aumentar o nosso time consideravelmente, e o resultado disso foi que no primeiro trimestre deste ano nós conseguimos faturar o equivalente a 40% de todo o ano de 2020. Comparando os períodos, nós tivemos no primeiro trimestre 186% de crescimento”, detalha Tosin.

De acordo com o CEO da Celero, o cenário pandêmico que é enfrentado de forma global não fez os negócios recuarem. A empresa está caminhando na contramão da crise.  “Momentos de crise em geral acabam contribuindo para o crescimento de soluções como a nossa, porque nesses momentos o empresário adquire uma consciência um pouco maior e percebe o quanto precisa cuidar do seu capital e dos seus recursos, o que acaba permitindo que a gente tenha um pouco mais de voz”, argumenta o empresário.

O aporte financeiro representa para as startups uma via de mão dupla, pois, levantar fundos de terceiros pode gerar dívidas e diluição do patrimônio, no entanto a maioria dessas empresas optam por buscar investimentos, especialmente à medida que crescem e escalam suas operações, pois, atrair esses financiamentos que incluem empréstimos bancários ou capital de risco são essenciais para expandir o negócio para o próximo nível.

Para conquistar sucesso em suas negociações e principalmente para a obtenção de fundos durante todos esses anos a Celero mantém uma conduta de autoavaliação que é importante, sempre organizando os seus propósitos e traçando planos financeiros e de negócios bem detalhados e estruturados, para garantir a excelência na execução e entrega dos projetos, como afirma Tosin. “Junto com o aporte vem uma carga de responsabilidade muito grande, pois, a partir do momento em que os contratos são assinados eu assumo a responsabilidade de entregar os projetos e os resultados que são selados no momento do acordo, o que inclui entre outras questões a contratação de mão de obra para suprir essa nova demanda”, explica. 

Diferencial

O software de gestão financeira desenvolvido pela Celero descomplica o dia a dia de empreendedores. O modelo de gestão criado pela startup opera de forma online, o que trouxe mais agilidade ao processo de seus clientes, tornando o trabalho ainda mais confiável.

Outro ponto de destaque do software Celero é o aumento exponencial na produtividade de seus clientes, já que a plataforma reúne em um só lugar todas as funções necessárias para a execução do trabalho. Além disso, a Celero busca auxiliar as empresas oferecendo de forma gratuita cursos e palestras esclarecedoras sobre aspectos administrativos e financeiros.

Com todo o crescimento e inovações que a startup vem demonstrando em sua trajetória a projeção para o futuro da empresa não poderia ser diferente. “Pretendemos consolidar a carteira dos nossos produtos e aumentar de forma consistente a base de clientes, para que eles tenham acesso a um princípio do ecossistema de soluções que a gente oferece, além de dar mais alguns passos no sentido de oferecer soluções definitivas para pequenas e médias empresas”, finaliza o CEO.

Como nasceu a Celero?

A Celero foi lançada oficialmente em 2016, mas está no mercado desde 2014, iniciando sua trajetória como uma consultoria financeira chamada J2 Consulting. Com a disciplina e trabalho que qualquer empreendimento exige, João Tosin, João Augusto Betenheuzer e Pedro Chaves remodelaram o negócio e lançaram, dois anos depois, a Celero: startup, inovadora, com serviços de gestão e automação para o departamento financeiro das empresas. Hoje, a startup oferece, com uso de tecnologia de ponta, um departamento financeiro online para PMEs de todas as regiões do País. Pioneira nesse nicho de mercado, sua plataforma é a única do mundo que automatiza toda a rotina financeira, transformando fotos ou imagens de documentos em relatórios  financeiros e operações bancárias. A tecnologia, inclusive, pode ser utilizada sem a exigência de conhecimento técnico do setor, diferencial que facilita a vida dos empreendedores, impactados muitas vezes pela burocracia e desconhecimento das rotinas financeira e tributária do Brasil.

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Recursos do Pronampe devem chegar às empresas em 10 dias, afirma presidente da ABDE

Sistema Nacional de Fomento é responsável pela maioria das operadoras do programa

O projeto de lei que torna o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) permanente foi publicado no Diário Oficial na última sexta-feira (4). Com aporte de R$ 5 bilhões no Fundo Garantidor de Operações (FGO) para cobrir até 20% da carteira total de cada instituição, o governo prevê que o programa empreste R$ 25 bilhões até o final do ano. A estimativa da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), entidade composta por 31 instituições financeiras de desenvolvimento que compõem o Sistema Nacional de Fomento (SNF), é que os recursos comecem a chegar às empresas na segunda quinzena do mês.

“Dialogamos com o governo federal a reedição do Pronampe e estamos satisfeitos que o programa se tornou realidade. Já demos início ao cadastro e esperamos estar irrigando as MPEs com crédito e trabalhando com vistas à retomada da economia. Em cerca de 10 dias acredito que os recursos já devem chegar na ponta”, explicou o presidente da ABDE, Sergio Gusmão Suchodolski.

No ano passado, o Pronampe emprestou R$ 37 bilhões. Doze entidades do SNF (Badesul, Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Banco Sicoob, Banrisul, BDMG, BNB, Caixa, Sicredi, GoiásFomento, Banestes e Banese) operaram 78,5% do valor contratado, totalizando R$ 29,5 bilhões em garantias.

“Somos imensa maioria dos operadores do Pronampe e vemos essa nova fase com bons olhos, sobretudo porque ainda estamos na pandemia e há necessidade de crédito atraente e com fundo garantidor robusto”, disse Suchodolski.

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Uma das primeiras unicórnios do agro, Indigo apoia Programa AgriFoodTech Latam 2021

A Indigo, startup que desenvolve inovações digitais para o agro e uma das primeiras unicórnios (valor acima de US$ 1 bilhão) do setor no mundo, apoia o Programa AgriFoodTech Latam 2021, promovido pela Glocal, a primeira aceleradora na América Latina para startups e médias empresas do agronegócio.

“A Indigo surgiu como uma startup e hoje é uma das empresas mais promissoras do mundo, figurando frequentemente na lista das mais inovadoras. Sabemos o diferencial que uma startup pode levar ao agro e por isso nos juntamos à Glocal para incentivar outras empresas a crescerem e contribuírem cada vez mais para o desenvolvimento do setor ”, afirma Dario Maffei, CEO Latam da Indigo.

O Programa AgriFoodTech Latam 2021 oferecerá aos selecionados mentoria com especialistas que acompanharão o desenvolvimento das startups, além de todo suporte de serviços (marketing, RH, gestão comercial), networking, financiamentos e investidores. As inscrições podem ser feitas até o dia 15 de junho. Mais informações pelo link www.f6s.com/glocallatamagrifoodtechprograme2021/about.

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Agtech de Maringá exporta solução para gerenciamento de pasto

Monitorar a pastagem ficou mais prático com uma solução criada por zootecnistas de Maringá, a Gerente de Pasto. Eles criaram um método inovador para a realização deste trabalho e desenvolveram um software de gestão, além de aplicativo, reformulado em 2021. O crescimento no número de clientes tem avançado 60% ao ano, sendo que atualmente são 150 usuários da ferramenta em fazendas no Brasil, Paraguai e Bolívia. 

A empresa dos sócios Josmar Almeida Junior, Bruno Shigueo Iwamoto e Edmar Pauliqui Peluso, formandos na Universidade Estadual de Maringá (UEM), foca em melhoria na eficiência da utilização de pastagens, visando a ampliar a margem de lucro do pecuarista. Com o software, que deve ser alimentado com informações da propriedade, o pasto é “transformado” em números, avaliando processos que levam à engorda do gado através do bom manejo da pastagem, entre outras informações que ajudam na tomada de decisões. 

A ideia funciona por meio das etapas de planejamento forrageiro, com o objetivo de otimizar a alimentação do gado o ano todo, mesmo em períodos de seca; de manejo da pastagem, que estabelece qual a melhor estrutura do capim, permitindo rebrota mais rápida e, consequentemente, mais oferta de alimento para os animais; e, por fim, a aplicação do método que permite trabalhar a estrutura do pasto de forma global, com informações como a quantidade de cabeças que pode ser colocada em determinada área. 

A solução oferece via celular os controles de rebanho, climático, de suplementação, de adubações e calagens e das áreas de pastagens. “Somos vendedores de consultoria e método e o software veio para apoiar tudo isso. O método, que disponibilizamos por meio do software e mais recentemente no aplicativo, operacionaliza o planejamento e o manejo do pasto dispensando cálculos e planilhas. As informações todas ficam disponíveis na palma da mão”, destaca Bruno Shigueo Iwamoto. 

Junto com o produto, a Gerente de Pasto oferece cursos para ajudar funcionários a operar a ferramenta, já que é preciso, por exemplo, ter conhecimento sobre pastagem para alimentar o sistema. 

Para o desenvolvimento do aplicativo a empresa contou com o apoio do Sebrae/PR. “Neste ano, nós remodelamos o app através de serviços que alcançamos via Sebraetec. O app ficou muito mais intuitivo e com perfil de monitoramento, o que ajuda o usuário do dia a dia a ficar mais familiarizado com a ferramenta”, diz Iwamoto. 

Em fase de expansão, a empresa se prepara para conexões com outros players do mercado do agro e participa do Tech by Sebrae, que tem como objetivo promover a evolução das micro e pequenas empresas nas esferas de gestão, estratégias digitais e expansão de mercado. 

De acordo com o mapeamento Startup PR 2020/2021 realizado pelo Sebrae/PR, há 141 startups na vertical agtech no Estado, sendo que aproximadamente 10% estão na região noroeste. Para a consultora do Sebrae/PR, Erica Sanches, a Gerente de Pasto é uma mostra da qualidade das agtechs que vêm sendo desenvolvidas localmente, além de evidenciar que as universidades locais têm formado profissionais com características empreendedores, o que é um sinal de ecossistema de inovação fortalecido. 

Nesse ecossistema, ela explica que o Sebrae/PR se posiciona de modo a conectar atores e a oferecer soluções para alavancar os negócios de empreendedores. “Seja por meio do Sebraetec, que oferece subsídios para as empresas acessarem serviços, Programa de Potencialização, Tech By Sebrae, trabalhamos para impulsionar os negócios com inovação”, diz. 

A consultora acrescenta que na região Noroeste o Sebrae/PR vem realizando um trabalho de potencialização do agro, em segmentos como gardens, carnes especiais, alimentos e bebidas. “Aproximar-se de outras empresas, estendendo a rede de contatos, é um passo importante para o desenvolvimento. Proporcionar essa conexão é um dos nossos objetivos”, frisa.

Fonte: Sebrae/PR

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Super Muffato implementa tecnologia de reconhecimento facial para pagamentos

Com solução da startup Payface, a primeira loja a implementar o self checkout no Brasil também se torna a pioneira na adoção de reconhecimento facial para pagamentos no Paraná, diminuindo filas e evitando o contato físico entre seus consumidores 

A maior rede de supermercados do Sul do Brasil e a número um do Paraná, o Grupo Muffato, com mais de 70 lojas no Paraná e em São Paulo, passa a oferecer em uma de suas lojas físicas a opção de identificação e pagamento por reconhecimento facial, se tornando a primeira rede paranaense a implementar a tecnologia. Com solução da startup Payface, a tecnologia conecta o rosto de cada usuário com o seu cartão de crédito. Sem precisar mostrar o cartão, o consumidor poderá optar por pagar suas compras usando apenas o rosto, diminuindo filas e evitando contato físico. 

A solução está instalada em todos os 28 caixas da unidade Muffato Madre, localizada no Jardim Bela Suiça, em Londrina (PR). A integração faz parte da estratégia de inovação do Grupo Muffato, prioridade da  empresa ao longo dos seus 46 anos de história. “O Super Muffato foi a primeira a trazer o self checkout para o Brasil, em 2012, e a lançar, em 2019, a tecnologia de Shop&Go, que permite a compra por celular em loja física, sem fila e realizada 100% por meio de autoatendimento. A inovação sempre foi um dos nossos focos e agora não seria diferente”, conta Everton Muffato, diretor executivo e sócio do Grupo Muffato. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), o setor de supermercados registrou um crescimento de 9,36% em 2020, em relação ao ano anterior. 

Para Eládio Isoppo, cofundador e CEO da Payface, a implementação no Super Muffato mostra o potencial que a tecnologia de reconhecimento facial tem de avançar por todo o Brasil, mudando a vida de diferentes perfis de consumidores. “Vermos uma das principais redes supermercadistas do país mantendo um histórico expressivo de busca por inovação mostra que o varejo, nos próximos anos, será um dos principais negócios passando por transformação digital”, diz Isoppo.

Para começar a pagar por reconhecimento facial, o usuário baixa o aplicativo da Payface no seu celular e cadastra o rosto. No momento em que for fazer suas compras, o cliente se posiciona em frente a um dispositivo móvel instalado junto ao caixa e faz a sua identificação com o rosto. Então, com a identificação validada pelo sistema, o atendente, do outro lado, confirma o valor para que o cliente finalize a compra via Payface. Todo o processamento é feito sem nenhum toque no dispositivo. 

No Paraná, o setor de supermercados teve um crescimento de 11% na comparação com 2019, conforme dados da Secretaria da Fazenda do Paraná. O setor foi um dos que mais cresceu no comércio varejista, atrás apenas do mercado de áudio, vídeo e eletrodomésticos (com crescimento de 24%) e do de materiais de construção e ferragens (+13%). Isso porque, devido às medidas de isolamento social, as pessoas precisaram mudar seus hábitos de alimentação, contribuindo com o aumento de consumo dentro do lar. Também, esses estabelecimentos continuaram funcionando nos períodos em que bares, restaurantes e serviços não essenciais fecharam as portas devido às regras de quarentena. 

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Agronegócio inteligente: como usar a tecnologia a favor da previsibilidade?

Por Paulo Roberto P. Reis Junior

O câmbio favorável e a demanda das commodities por países que se desequilibraram com a Covid-19 têm impulsionado o agronegócio nacional, que respondeu por 26,6% do Produto Interno Bruto do nosso país no ano passado, a maior alta desde 2004. Aquele que era tratado como um setor primário, hoje tem uma realidade muito diferente, estando lado a lado do interesse econômico que antes focava na indústria e nos serviços. O resultado é a ascensão do segmento e o interesse cada vez maior de investidores, inclusive os estrangeiros.

Reconhecido como um setor crucial para o crescimento econômico brasileiro, o agronegócio ganhou destaque principalmente por ter ampliado o valor agregado do seu produto, uma mudança graças à evolução no uso da tecnologia em campo. Mas, para prosperar e ganhar cada vez mais espaço mundial, é preciso manter a produtividade e, neste aspecto, a previsibilidade ganha holofotes justamente por suprimir perdas na colheita e amenizar prejuízos. O prognóstico da natureza é elementar, já que não podemos controlá-la.

É aí que entra o Agronegócio Inteligente. Trata-se de uma agricultura de precisão que se baseia em inovação e tecnologia de ponta para encontrar a eficiência do solo a partir de um sistema avançado voltado para a administração da terra, potencializando-a da forma mais eficaz possível – um elemento fundamental que permite maior retorno econômico.

O uso de recursos de análise digital de informações do solo via satélite, por exemplo, mantém o histórico do solo por cinco anos, permitindo previsões extremamente assertivas em um período de até 14 dias, o que minimiza possíveis riscos na análise de sua deterioração. Trata-se de um levantamento tão apurado que envolve tanto as análises hídricas, como também as pluviométricas e as fitopatológicas, que é o estudo das doenças em vegetais.

Todo esse estudo do comportamento do terreno e das variáveis naturais com o uso da tecnologia resulta na redução do tempo de plantio versus colheita, favorecendo o retorno financeiro da operação. Por isso, podemos afirmar que o uso da tecnologia chegou no campo para somar e otimizar seus processos, principalmente poupando surpresas inoportunas ou custos desnecessários em meio à produção.

Isso sem contar que uma atividade agrícola controlada se torna mais sustentável, outro fator que tem chamado a atenção dos investidores, que vêm avaliando cada vez mais as práticas que estão alinhadas ao ESG (Environmental, Social and Governance), tema muito presente nas empresas neste momento.

Não há dúvidas que o uso de dados para a análise preditiva no campo melhora o processo de decisões futuras, que são fundamentais para a curva ascendente do negócio, resultando num caminho seguro para o fortalecimento do setor. É hora de ampliar a inovação e a escala mundial!

Paulo Roberto P. Reis Junior, gerente comercial de Agrobusiness da Engineering

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Demanda por bens industriais registra queda de 5,4% em abril

O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais registrou queda de 5,4% no mês de abril, em comparação com março de 2021, segundo dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta terça-feira (8). Enquanto a produção interna destinada ao mercado nacional recuou 2% em abril, a importação de bens industriais apresentou uma queda de 10,6%, no mesmo período, após registrar alta de 10% no mês anterior.

Na comparação com abril de 2020, o indicador que mede a demanda interna por bens industriais – por meio da produção industrial interna não exportada, acrescida das importações – registrou alta de 28,9%. Por sua vez, o trimestre móvel apresentou alta de 15,6% em relação ao mesmo período de 2020. Enquanto a variação acumulada em doze meses apontou variação nula, a produção industrial medida pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulou um crescimento de 1,1%.

Entre as grandes categorias econômicas, o fraco resultado registrado em abril, em relação a março, foi disseminado e todos os segmentos tiveram queda na margem, com exceção de bens de consumo duráveis, que registrou alta de 6%. O destaque negativo ficou por conta do recuo de 33,5% para o segmento de bens de capital, um dos componentes do investimento. Este resultado se explica pela alta base de comparação no período anterior, que foi inflado pela importação de plataformas de petróleo associadas ao regime aduaneiro Repetro. Já na comparação com abril de 2020, todos os setores registraram alta, com o destaque novamente para bens de consumo duráveis, com alta de 175,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

No que diz respeito às classes de produção, a demanda interna por bens da indústria de transformação também retraiu, com queda de 5,6% sobre março. A indústria extrativa mineral, por sua vez, apresentou crescimento de 7,1%, compensando a queda de 6,4% no período anterior. A análise setorial indica que oito dos 22 segmentos observados avançaram, mantendo o índice de difusão, que compara o crescimento dos segmentos da indústria de transformação com o período anterior após o ajuste sazonal, em 36%. O destaque ficou para os segmentos de veículos e alimentos, com altas de 3% e 2,8%, respectivamente.

Na comparação interanual dos setores, 21 segmentos registraram crescimento, com destaque para os segmentos de veículos e outros equipamentos de transporte que, muito afetados pela pandemia em abril de 2020, cresceram 742,4% e 170%, respectivamente. Em relação ao acumulado em doze meses, 14 segmentos registraram variação positiva, entre eles o grupo de outros equipamentos de transporte, com alta de 23,4%.

Acesse a íntegra do indicador no blog da Carta de Conjuntura

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Nova Ferroeste estima receber investimentos na ordem de R$ 20 bilhões

Após conclusão, ferrovia impactará, diretamente, 425 municípios nos estados do MS, PR e SC e se tornará um dos principais trechos ferroviários do país

Trajeto promete transportar até 35 milhões de toneladas de cargas, apenas durante o primeiro ano de operação

Considerada um dos principais projetos ferroviários do país, a Nova Ferroeste, ferrovia que promete ligar os estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, avança a cada dia, rodeada de expectativas. Isso porque, após concluída, deve se tornar um dos mais importantes trechos de transporte de cargas sobre trilhos do Brasil e um dos maiores corredores de exportação dos produtos nacionais.

O novo trajeto, de 1.285 km de extensão, conectará as cidades de Maracaju (MS) e Paranaguá (PR), em um projeto audacioso: o primeiro trecho ligará a cidade sul-matogrossense ao município de Cascavel (PR), em um percurso de 507 km; o segundo, entre Cascavel e Guarapuava (atual traçado da ferrovia, com 246 km), será modernizado; na sequência, uma nova extensão, de 353 km, interligará Guarapuava e Paranaguá. Além disso, um ramal multimodal, de 140 km, também deve unir o município de Cascavel ao de Foz do Iguaçu. Ao todo, a estrada de ferro terá influência direta em 425 cidades nos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina.

Não à toa, este projeto vem sendo chamado de super ferrovia ou Corredor Oeste de Exportação, acompanhado de uma variedade de perspectivas positivas. É o que diz o presidente da Ferroeste, André Luiz Gonçalves: “Após a conclusão deste projeto, a Ferroeste irá se tornar uma das mais importantes ferrovias do país, atrás apenas da Norte-Sul e da Transnordestina (ambas ainda em construção, com 4.155 km e 1.728 km de extensão, respectivamente). Ou seja, teremos aqui um trecho ferroviário com capacidade para atender as principais áreas produtivas nacionais”.

Isso porque o projeto, mesmo ainda em fase de estudos de viabilidade e de impactos ambientais, vem sendo elaborado de acordo com as necessidades de todos os players envolvidos, afirma o executivo. “O nosso papel não é só produzir um estudo técnico bem aprofundado e sim um dos projetos mais completos, em termos de ferrovias, do Paraná e do país. A cada passo que damos, sempre procuramos validá-los com os setores produtivos, com os governos competentes e todos os demais envolvidos, para que, por onde essa ferrovia passar, traga muitas coisas boas: mais empregos, mais investimentos e mais recursos”, comenta.

Benefícios do Novo Trajeto – Com a ampliação da Ferroeste, a expectativa é atrair novos investimentos para o trajeto. “Não tenho dúvidas de que a ferrovia irá captar muitos aportes, tanto nacionais quanto internacionais. Nossa expectativa é que chegue na ordem de R$ 20 bilhões”, salienta Gonçalves.

Segundo ele, os estudos apontam também uma economia de até 30% nos custos de transporte da área produtiva do Estado. “Em 2019, por exemplo, quando demos início aos estudos de implantação do projeto, havia uma informação que apontava que as cooperativas do Estado, que são as maiores da América do Sul, economizariam cerca de R$ 800 milhões em fretes caso a Nova Ferroeste já estivesse em operação naquele momento. Hoje, essa economia giraria em torno de R$ 1 bilhão. Esse dinheiro poderá ser aplicado na própria região”, ressalta.

Outra vantagem do novo trajeto é o aumento da capacidade de transporte da ferrovia, que vai crescer muito em comparação ao que é movimentado atualmente, pontua o executivo. “Fazemos o transporte de, em média, 1 milhão de toneladas de cargas ao ano no atual trecho e, com a ampliação, faremos a movimentação de aproximadamente 35 milhões, ou seja, 35 vezes mais, apenas no primeiro ano de operação da nova ferrovia. Esse volume pode aumentar muito mais, porque são dois estados agroindustriais muito fortes, tanto o Mato Grosso do Sul quanto o Paraná”.

Há ainda a questão da empregabilidade, já que o projeto deve gerar mais oportunidades de trabalho para a região. “Com certeza, essa é uma iniciativa que vai mobilizar bastante mão de obra, tanto para a fase de construção do novo percurso quanto para os postos de trabalho que serão gerados após a conclusão, como cargos operacionais, de manutenção, de operação de locomotivas, entre outros. Serão milhares de empregos gerados a partir deste projeto”, acrescenta.

Para ele, o mundo todo tem ferrovias que transformam a realidade local e a ideia é fazer isso também no Brasil. “Nós torcemos não apenas pelo sucesso do nosso projeto, mas também para o de todos os outros que envolvam o modal ferroviário no Brasil. Com todos dando certo, quem ganha é o país”, finaliza.

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TecBan discute o futuro do sistema financeiro no Open Banking Week 2021

A TecBan, empresa de soluções tecnológicas que integram o físico e digital, patrocina um dos eventos mais importantes do mundo para a discussão do futuro do sistema financeiro, o Open Banking Week Global 2021, que ocorre entre os dias 7 e 11 de junho. Além do apoio, a TecBan participa com conteúdo que será apresentado por Tiago Aguiar, Head de Novas Plataformas, no painel “O que as pessoas ganham com o Open Banking?”, com participação do economista Pablo Spyer. A empresa também é responsável pelo painel “Segurança e eficiência com OBaaS”, com Luiz Gustavo Bonander Nugnes e Rogério Melfi, Consultores de Novas Plataformas, abordando o conceito de “Open Banking as a Service”, que é um serviço oferecido de maneira pioneira pela TecBan no Brasil, com foco na implementação e gestão do novo sistema financeiro aberto brasileiro.

A programação do evento virtual está dividida em painéis e palestras com conteúdo vindo da Ásia, Oceania, Europa, América e Brasil, abrindo um espaço de conversa com especialistas das nações pioneiras na implementação do Open Banking, como o Reino Unido, e de mercados emergentes que têm sido destaque na sua implementação, como a América Latina.

A participação da TecBan nesse ciclo de discussões reforça o propósito da empresa em levar a inclusão financeira à todas as classes sociais e perfis de público, além de ressaltar as soluções inovadoras oferecidas pela empresa em um momento decisivo para o setor financeiro. “As mudanças que serão trazidas na prática com o Open Banking poderão ser mensuradas a uma revolução na maneira com a qual o brasileiro lida com seus dados bancários. Essa movimentação pode inclusive ajudar a acelerar a economia do país em um momento tão desafiador, criando oportunidades ao promover ainda mais dinamismo ao mercado financeiro”, afirma Tiago Aguiar.

Para assistir os conteúdos promovidos pela TecBan e as discussões dos mais de 70 especialistas globais no setor financeiro, a inscrição é gratuita. Os inscritos poderão acompanhar as palestras pelo YouTube.

Open Banking Week Global 2021

Participação TecBan

8 de junho, às 14h30: “O que as pessoas ganham com o Open Banking?”, com Tiago Aguiar e Pablo Spyer

11 de junho, às 15h30: “Segurança e eficiência com OBaaS”, com Luiz Gustavo Nugnes e Rogério Melfi

Mais informações e inscrições: https://openbankingweek.com/

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Plataforma de startup paranaense para o setor contábil ganha usuários pelo Brasil

Em Recife (PE), a contadora Natália Pereira já tinha o sofrimento como rotina. Afinal, sempre que precisava entregar documentos dos clientes para órgãos do Governo, sofria com os aplicativos diversos, atualizações sem fim e incompatibilidades no sistema. Para driblar as dificuldades, era tudo individualizado: no escritório, havia, praticamente, um computador dedicado para cada sistema governamental. Situação parecida ocorria com Luciane Oliveira, também contadora, mas de São Paulo, capital. Por lá, na hora de enviar os arquivos para os mais diversos sistemas, a surpresa era constante: ora dava tudo certo, ora nada funcionava. Por conta disso, a estratégia de ter um computador quase “sagrado” dentro do escritório, que só era utilizado para esses envios, também era realidade.

Tanto Natália quanto Luciane, no entanto, viram suas rotinas mudar por completo nos últimos meses. Em diferentes regiões do País, conheceram um sistema inovador que prometia agilidade, praticidade e, para o alívio de milhares de contadores brasileiros, constância nas atualizações. O sistema, desenvolvido no oeste do Paraná, foi batizado de GovBox, nome que, não por acaso, faz menção a uma caixa que reuniria todos os sistemas necessários para a rotina dos contadores.

“Enquanto contadores, temos a obrigação acessória de informar o Governo e seus órgãos sobre movimentações e detalhes financeiros dos clientes. O problema é que para que isso aconteça, é preciso baixar um sistema diferente para cada declaração e muitos deles são lentos, exigem computadores exclusivos e plataformas específicas como o Java, por exemplo. Isso atrasa o nosso trabalho e torna os processos morosos e complicados”, explica o contador e desenvolvedor da GovBox, Gerson Jair Froehner.

Há trinta anos no segmento, Gerson percebeu a carência do setor e decidiu inovar: deixou de se dedicar apenas a contabilidade propriamente dita e se debruçou na tarefa de criar uma plataforma que unisse os principais sistemas e aplicativos do Governo, facilitando a vida dos contadores e deixando clientes mais satisfeitos. Como resultado, ele e a equipe se debruçaram no novo projeto e criaram o GovBox.

“É um trabalho de inovação feito em parceria com o Sebrae. Com os consultores, fizemos todo o processo de ideação e desenvolvimento nos moldes de uma startup. A partir disso, percebemos que o GovBox tinha potencial para ser escalável e de grande alcance”, relembra o empresário.

A expectativa, com o tempo, foi atingida. Hoje, o GovBox se tornou um programa que, após a assinatura do cliente, é instalado de forma rápida nos computadores dos contadores e reúne todos os portais governamentais em um só lugar. Mas não é só isso: ele também faz as atualizações de forma automática e o usuário não precisa se preocupar com as novas versões lançadas no mercado: é tudo feito de forma automatizada.

“O GovBox traz conectividade social, navegadores internos desenvolvidos e configurados por nós e é tudo feito sem contato humano. Não é preciso chamar técnico ou assistente para toda e qualquer atualização: a plataforma faz tudo automaticamente e caso haja alguma dificuldade, oferecemos o suporte necessário”, ressalta Gerson. 

O GovBox tem mais de mil assinantes e já é utilizado em 350 municípios brasileiros. “Baixei o GovBox por trinta dias e já amei. Vi que a plataforma facilita muito a nossa vida. Agora, temos a assinatura para dez usuários e todos no escritório usam e adoram porque não precisam ficar atualizando tudo de forma individual. Antes, era uma confusão só”, relembra Natália.

Em São Paulo, Luciane relembra que em alguns momentos, antes do GovBox ser uma realidade no escritório, quando alguma etapa dos processos travava, as equipes já tinham até medo de concluir porque sabiam que algo daria errado. Agora, a realidade é outra.

“Sem sobra de dúvida, o maior ganho é o de tempo. Sempre digo que a mercadoria de quem presta serviço é o tempo e por isso não podemos perdê-lo com dificuldades e erros”, pontua a contadora.

Os resultados, segundo o consultor do Sebrae/PR, Gabriel Caus, são expressivos e realmente fazem a diferença na vida dos usuários porque Gerson tem um grande diferencial: ele soube ouvir as necessidades do público.

“No mercado de startups, principalmente, falamos muito sobre as dores do cliente. Gerson, por ser contador e ter mais de três décadas de experiência na área, sabia exatamente quais eram essas dores. Ele foi audacioso em criar e conduzir um projeto que, hoje, serve como remédio para tudo isso”, destaca o consultor.

Além disso, Gabriel detalha também que outro fator determinante para o sucesso nesses três primeiros anos foi a capacidade de adaptação e a consciência de que mais conhecimento precisaria ser adquirido.

“Por ser contador, o Gerson poderia ter focado apenas na área da contabilidade, mas ao pensar no GovBox, ele soube que esse era um negócio diferente daquele que ele já conduzia há mais de trinta anos. Uma das estratégias mais acertadas, portanto, foi ele reconhecer esse desconhecimento e procurar ajuda adequada para começar com bases sólidas que, hoje, fazem toda a diferença para o negócio”, conclui Gabriel.

Até o fim de 2021, a meta de Gerson é dobrar o número de assinantes do GovBox e atingir ainda mais municípios, enraizando a plataforma em diversos escritórios e sendo, acima de tudo, resolutivo na rotina contábil.

Fonte: Sebrae/PR

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