Agricultura brasileira será foco global de financiamentos verdes

Especialistas acreditam que o País tem o maior potencial para captar parte importante de US$ 37 trilhões de 87 gestoras globalmente que já assinaram metas de descarbonização em seus portfólios

No último dia de palestras do Santa Brígida Open Farm, versão virtual do tradicional Dia de Campo ILPF, realizado ontem, 10/6, Leisa Souza, diretora para América Latina do Climate Bond Initiative (CBI) falou que, apesar de ser líder em emissões de títulos verdes na América Latina, o Brasil ainda tem potencial para crescer muito mais. No mundo, desde 2017, já foram emitidos US$ 1 trilhão de títulos verdes; no Brasil, “apenas” US$ 9 bilhões. “Quando olhamos para o número completo, 27% foram dos títulos são para tratos da terra como preservação, plantação etc. São US$ 848 milhões para a agricultura e esperamos que isso se expanda. Precisamos de US$ 1 trilhão por ano para atingir as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”, ressalta Leisa.

Ano passado, como forma de contribuir para a captação e emissão de novos títulos, o CBI publicou os critérios de métricas de agricultura. Os critérios de pecuáriforam aprovados em março de 2021 e serão publicados no próximo 23 de junho, trazendo as atividades de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) na captação de financiamento sustentável. “Os títulos verdes vieram para ficar, mas ainda precisa de muita informação dos produtores de como fazer e como aplicar. Nessa perspectiva, o ILPF é o maior modelo de produção de alimentos sustentável do Brasil”, completa Leisa.

José Pugas, Head de ESG da JGP, mencionou em sua palestra que os créditos verdes servirão para premiar o produtor rural. “Já são US$ 37 trilhões e 87 gestoras de recursos no mundo que assinaram metas de descarbonização em seus portfólios. O Brasil tem tudo para liderar e ser o maior foco mundial na captação destes recursos”, indicou. “Mas temos desafios a serem superados. Por exemplo: pagamentos por serviços ambientais precisam ser negociados na bolsa, da mesma forma que o mercado de carbono precisa ser regulado no País”, ressaltou.

Pugas anunciou no evento que a cooperativa Cocamar participará da primeira operação do Sustainable Agriculture Finace Facility (SAFF), o primeiro mecanismo financeiro estabelecido pela Rede ILPF. “Ninguém mais do que o produtor depende do solo, da água e do clima. O agricultor carrega isso no DNA”, completou.

Impulsionadores da agricultura tropical sustentável

Aurélio Pavinato, CEO da SLC Agrícola, também palestrou no evento sobre a produção agrícola e como a agricultura pode se integrar aos serviços ambientais. “O número de habitantes no planeta está aumentando e a necessidade por alimentos seguros também. Para se ter uma ideia, na safra 21/22, os países importadores vão demandar 173 milhões de toneladas de grãos. Alguém deverá produzir essa quantidade. Como vamos produzir tudo isso de forma sustentável e segura? O Brasil sabe como e ILPF é a resposta”, diz.

Um estudo conduzido pela SLC comprovou que, em solos mais protegidos e saudáveis, há mais estoque de carbono. “Estimamos que conseguimos capturar 300 kg de carbono por hectare ao ano. Na nossa área, são cerca de 360 mil toneladas de CO2 equivalente no solo, o que equivale a 51 mil árvores”, celebra Pavinato. “A agropecuária poderá exercer um papel importante como parte da solução do problema de emissões dos Gases do Efeito Estufa”, conclui.

E não tem como falar de evolução da agricultura tropical brasileira e não celebrar um dos principais responsáveis por pesquisas e desenvolvimento da Embrapa: Alysson Paolinelli, indicado para o Nobel da Paz de 2021. O Santa Brígida Open Farm foi finalizado com uma mesa-redonda com grandes nomes do agronegócio como o próprio indicado Alysson Paolinelli; o Dr. Roberto Rodrigues, da FGV Agro; Dr. Durval Dourado, diretor da ESALQ/USP; Evaldo Vilella, presidente do CNPQ; Celso Moretti, presidente da Embrapa; e Paulo Herrmann, presidente da John Deere Brasil.

Os conteúdos e as palestras serão disponibilizados no portal Santa Brigida Open Farm .

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Hub de inovação vai desenvolver startups da construção civil

Um espaço para que startups da construção civil estabeleçam suas operações e que funcionará como uma vitrine de soluções inovadoras para empresas e investidores. Esta é a proposta do Construhub Startups, um projeto do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Norte do Paraná (Sinduscon PR Norte), em parceria com o Sebrae/PR, apoio do Centro Universitário Filadélfia (UniFil) e promoção da Governança da Inovação na Construção Civil Norte do Paraná (iCON). 

O espaço físico do hub, dentro do Sinduscon PR Norte, ficou pronto em março de 2020, na mesma semana em que medidas de restrição foram impostas para conter a pandemia de coronavírus. Com a impossibilidade de realizar atividades presenciais, o projeto ganhou um ambiente virtual. As construtechs, independente da fase de maturação do negócio, podem se cadastrar de forma gratuita pelo link https://bit.ly/3iqyzPN e integrar o banco de dados do hub para se conectar com mentores e participar dos desafios lançados. 

O presidente da iCON, Head de Inovação do Sinduscon PR Norte e responsável pelo projeto do Construhub, Murillo Braghin, diz que o espaço vai oferecer a oportunidade de as startups terem acesso aos canteiros de obras, laboratórios das universidades e, principalmente, ao capital humano, como professores e especialistas em diversas áreas, desde as engenharias, até gestão e robótica. “Outra vantagem de estarem no hub é que elas terão os seus negócios divulgados para a base de associados do sindicato e poderão se conectar com as empresas que já estão no mercado”, explica. 

Segundo Braghin, o hub vai funcionar como uma espécie de marketplace de startups da construção civil e não será concorrente, mas complementar aos programas de aceleradoras e incubadoras da cidade e região. Será um ambiente de “construção de pontes” e promoção de oportunidades de negócios, em que empresas e investidores poderão acessar para buscar soluções inovadoras para suas necessidades. 

“Estamos participando do programa Habitats de Inovação, que ajudará a consolidar toda a estrutura desse processo”, conta. O Programa Habitats PR de Inovação, do Sebrae/PR, ajuda a organizar os ecossistemas, envolvendo iniciativas que favorecem o intercâmbio de conhecimento e práticas produtivas entre empresas, universidades, instituições, incubadoras e governos. O trabalho tem foco na geração de negócios e a promoção do desenvolvimento regional, a partir dos ativos de inovação e setor produtivo. 

O vice-presidente do Sinduscon PR Norte e responsável pela pauta da inovação na construção civil, Gerson Guariente, diz que o hub conta com um time de mentores que já assessora as startups cadastradas no ambiente virtual. A intenção é fazer crescer cada vez mais esse espaço e incentivar o desenvolvimento de soluções que possam ser aplicadas em escala nacional e internacional. Ele diz que a entidade tem o objetivo de olhar para o futuro e se preparar para ele. “Temos certeza de que a construção civil será mais digitalizada, é difícil convencer o cliente de que você vai entregar o memorial descritivo do apartamento em meio físico, por exemplo”, afirma. 

De acordo com o consultor do Sebrae/PR, Rubens Negrão, o Construhub será um meio para acelerar as iniciativas inovadoras para o setor e conectar todos os atores do ecossistema. “O nosso papel será levar soluções por meio de trilhas, projetos de inovação aberta, eventos de fomento a projetos inovadores”, antecipa. A previsão é que o espaço físico seja inaugurado oficialmente em outubro, durante o evento Construtech Week. 

Fonte: Sebrae/PR

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Aplicativos financeiros seguem em disparada no Brasil e no mundo

A AppsFlyer, líder global em atribuição e análise de dados para publicidade de aplicativos, lança nesta terça-feira, um estudo inédito sobre a performance dos aplicativos de finanças no Brasil e em todo o mundo. O estudo abrangeu aplicativos tanto de banco digitais, quanto de bancos tradicionais, assim como apps de pagamento e também de investimentos. Em 2020, o Brasil foi o 2o país com mais instalações de apps de finanças, atrás apenas da Índia, e sendo o maior mercado potencial da América Latina. O crescimento no número de instalações de apps de finanças entre o primeiro trimestre de 2020 até o mesmo período de 2021 foi de 65%. Nos últimos dois anos, o salto é de 260%.

“O Brasil é promissor para aplicativos de finanças por uma série de fatores. O primeiro é a alta introdução dos smartphones como principal meio de acesso à internet, em seguida vem o fato de que a pandemia restringiu acesso às instituições financeiras, fazendo com que o as pessoas se acostumassem aos serviços digitais”, diz Daniel Simões, diretor regional da Appsflyer no Brasil. “Além disso, a publicidade de aplicativos cresceu em investimentos em todo o mundo”

Segundo o estudo da Appsflyer, na América Latina, 40% da aquisição de usuários vem de campanhas de marketing, demonstrando que em um cenário de alta competição, os aplicativos são de fato um novo canal de engajamento e aquisição de novos clientes, e que empresas de finanças estão mudando a sua mentalidade diante da pandemia, antes utilizando o aplicativo apenas como um canal de engajamento.

Os números mostram que a corrida está evoluindo cada vez mais. Os gastos globais com aquisição de usuários para apps de finanças atingiram os US﹩3 bilhões de dólares em 2020, em 2021 apenas no primeiro trimestre apps financeiros já investiram 1,2 bilhões de dólares. A América Latina representa 20% dos gastos globais, cerca de 542 milhões em 2020.

No Brasil, em meio à oferta variada de apps financeiros em diferentes categorias, os apps bancários (Bancos tradicionais e Bancos digitais) geraram quase 60% dos novos usuários de apps financeiros do 4º trimestre de 2020 e do 1º trimestre de 2021. Ao oferecer um conjunto cada vez maior de serviços para os proprietários de contas, os bancos tradicionais e digitais competiram diretamente por novos usuários, ambos totalizando 28% das instalações de apps vindas de novos usuários no período analisado.

Bancos tradicionais perderam espaço dentre usuários de apps de finanças, com seu share de instalações diminuindo 24,2% em 2020 em comparação com 2019. Bancos digitais por sua vez aumentaram o seu share de instalações no mesmo período em 13,3%.

Porém, os bancos tradicionais ainda conseguem fazer com que os clientes usem seus apps 30% mais vezes dentro do mesmo período de tempo quando comparados aos bancos digitais. Apps de investimentos, ainda considerados mais nichados, são responsáveis por 10% da aquisição de usuários na região (América Latina).

Amostra

A amostra do estudo foi de 4,7 bilhões de instalações de apps de finanças em todo o mundo de 2 mil aplicativos, entre o primeiro trimestre de 2019 e o de 2021.

Link para o estudo https://www.appsflyer.com/br/resources/others/fintech-app-marketing-insights-2021/

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Alerta de crise hídrica exige distribuição eficiente de água

O alerta é para cinco estados / iStock

O Sistema Nacional de Meteorologia emitiu recentemente um alerta de emergência hídrica que deve ocorrer entre junho e setembro desse ano. A situação de escassez dos recursos hídricos na Região Hidrográfica do Paraná, Bacia que tem rios muito importantes para o sistema elétrico, abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.

Com a situação mais crítica para os reservatórios do Sul e Sudeste, a estimativa é que, além do encarecimento da conta, campanhas de consumo consciente doméstico se intensifiquem, mas, além do uso doméstico, outros setores como a indústria e o agronegócio podem economizar o recurso se investirem em distribuição de água eficiente.

“Soluções mais tecnológicas como a motobomba, por exemplo, garantem economia e podem ser utilizadas para a distribuição de água no geral”, comenta Reginaldo Larroyd, especialista em segmentos da Hercules Motores Elétricos, ressaltando que, no caso de residências, condomínios e hotéis que têm piscinas e banheiras de hidromassagem, o motor de motobomba trabalha em conjunto com um filtro, que também colabora para manter a piscina limpa e própria para o uso.


O motor de motobomba IP55 que apresenta baixo ruído, suporta altas temperaturas e proporciona uma redução significativa no consumo de energia elétrica, também é opção para o agronegócio que depende de água para suas atividades e que, segundo a Agência Nacional de Água (ANA), chega a usar 70% do recurso. “Nesse caso, a motobomba serve como equipamento que atua em transferência de líquidos, sistemas de pulverização agrícola, irrigação para o campo, cultivo de terra, solos e pastagens” aponta Larroyd.

No caso da Indústria, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), no Brasil, aponta que a cada segundo, são retirados dos rios 2,3 milhões de litros para uso industrial, por isso fabricantes de alimentos, bebidas, cosméticos e outros que lidam com armazenamento, resíduos e coletas de produtos podem substituir um maquinário que requer muito uso de água e energia por equipamentos que reduzem perdas como vazamentos e gastos necessários, afinal, segundo estudo inédito divulgado recentemente pelo Instituto Trata Brasil, o país desperdiça 39,2% de água potável.

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Microsoft e IFC realizam workshop sobre rodadas de investimento e financiamento institucional

A Microsoft e a International Finance Corporation (IFC), membro do Grupo Banco Mundial, realizam, no dia 16 de junho, o quinto workshop da série de eventos on-line desenvolvida para fomentar o empreendedorismo feminino no setor de tecnologia do Brasil. O objetivo da iniciativa é transmitir conteúdos relevantes para o aperfeiçoamento do modelo de gestão de negócios e a ampliação das oportunidades de captação futura das startups. Os encontros começaram em março e seguirão até outubro de 2021.

Workshop #5 “Fundraising and Institutional Financing Rounds” irá discutir os processos envolvidos nas rodadas de investimento, os critérios de investidores Série A e a importância da adequação do produto ao mercado de atuação. O evento também abordará o que as empreendedoras devem buscar em um investidor e como avaliar prazos e definir metas para novas rodadas de investimento.

Neste workshop, o público terá a oportunidade de assistir às palestras de Lara Lemann, fundadora da MAYA Capital; Stevon S. Darling, Oficial de Investimentos da IFC com foco em investimentos de Venture Capital na América Latina, e Marcella Ceva, Chief Investment Officer do WE Ventures, Venture Capital focada em startups lideradas por mulheres.

O workshop, gratuito e em inglês, acontecerá no dia 16 de junho, às 16h (horário de Brasília), e contará com legendas em português, espanhol e inglês. Os interessados devem se cadastrar no site oficial do evento.

Para acompanhar o cronograma completo de workshops basta acessar a plataforma de eventos do Microsoft Reactor.

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KPMG: primeiro trimestre registra recorde em fusões e aquisições dos últimos 20 anos

O primeiro trimestre deste ano registrou um recorde no número de fusões e aquisições dos últimos vinte anos. Foram fechados, neste período, 375 negócios, sendo que a maioria deles (244) foi realizada entre empresas brasileiras. Os dados constam na pesquisa da KPMG realizada, trimestralmente, com empresas de 43 setores da economia brasileira.


Do total de operações concretizadas nos três primeiros meses deste ano, 116 foram do tipo CB1, ou seja, 31% foram de transações de estrangeiros comprando empresas brasileiras. Outras 13 operações foram do tipo CB2 quando brasileiros adquirem de estrangeiros empresa estabelecida no exterior; uma foi do tipo CB3 em que brasileiro adquirindo, de estrangeiros, empresa estabelecida no Brasil; e uma foi CB4 em que estrangeiro adquire, de estrangeiros, empresa estabelecida no país.


“Os brasileiros fazendo aquisições no Brasil tem sido o motor das transações este ano. Além disso, está acontecendo um movimento de retomada da presença de estrangeiros no país que tinha sido perdida no ano passado quando a pandemia teve início, o que gerou um contexto de crise e que todas as empresas estavam focadas na sobrevivência e no mercado principal de atuação. Com isso, alguns planos de internacionalização destas empresas foram colocados de lado até que se tivesse um cenário mais previsível. Com expectativa de vacina, as empresas se adaptaram a uma nova realidade e voltaram com os planos de negócios”, analisa o sócio da KPMG e coordenador da pesquisa, Luis Motta.

Empresas de internet e telecomunicações lideram o ranking

O setor de companhias de internet foi o que mais registrou transações no primeiro trimestre deste ano, fechando o período com 77 operações concretizadas. Em seguida, tecnologia da informação com 48, seguido por educação, instituições financeiras e imobiliário, sendo cada um com 11. Depois, aparecem telecomunicação e mídia com 10, companhias de serviço com 9, varejo com 8 e companhias de energia com 7.
“Se somarmos as transações realizadas pelas companhias de internet e tecnologia da informação, o total é de 125 negócios fechados, o que representa quase metade do total das operações domésticas. É a primeira vez que isso ocorre na pesquisa, o que indica que o panorama das transações modificou. Com a pandemia, muitas empresas decidiram investir em transformação digital que passou a fazer parte da agenda estratégica das empresas depois do cenário de pandemia, criando um modelo de negócio voltado para tecnologia. E com isso, a representatividade das empresas desses setores passou a ganhar mais relevância no número de transação”, explica o sócio.

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Precisamos acelerar a transformação digital inclusiva

Por Andriei Gutierrez

A economia baseada em dados não é um conceito novo, mas está em ascensão com os atuais projetos de transformação digital. Milhares de dados são gerados diariamente por smartphones, sensores industriais e nos serviços públicos, isso só para citar alguns setores. E foi este cenário disruptivo que influenciou na criação do movimento Brasil, País Digital, liderado pela ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), com a parceria de várias entidades empresariais, que celebrou seus cinco anos de trajetória em maio.

Me recordo do primeiro evento que o movimento organizou, com algumas poucas pessoas ainda, nem imaginava a proporção de conquistas e tamanho que temos hoje. Naquela época já sabíamos que o digital é o mestre do nosso tempo, por isso é possível impactar intensamente todas as esferas da sociedade. E, desde o início, temos sido incansáveis na missão de compartilhar informação, desmistificar os bits e bytes e provocar tomadores de decisão para a construção de um país não somente mais digital, mas também menos desigual.

Junto do Fábio Rua, Cofundador do Brasil, País Digital, desbravamos o campo junto ao legislativo e conseguimos influenciar em muitas tomadas de decisão, como exemplo a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), tão importante para conscientização e o avanço de uma cultura da proteção de dados pessoais e da privacidade no Brasil.

Ao longo desses 5 anos da iniciativa, pudemos impactar mais de 10 milhões de brasileiros por meio do portal https://www.brasilpaisdigital.com.br e das nossas redes sociais, nas quais possuímos cerca de 170 mil seguidores. Durante essa linda jornada, fomos testemunhas ativas da digitalização pelo Governo Federal de mais de dois mil serviços e da notória marca de mais de 100 milhões de pessoas cadastradas na plataforma Gov.BR. Mas ainda é preciso evoluir mais, cidadania digital é garantir os princípios e direitos elencados na Constituição a todos os cidadãos também no ambiente virtual. Estamos crescendo numa velocidade vertiginosa com o avanço dos serviços digitais e é preciso que os governos avancem no mesmo ritmo e amplitude que temos assistido no setor privado.

Acreditamos que cada vez mais aproximando o cidadão, o governo, a academia e o mundo corporativo conseguiremosmos estimular a formação e o desenvolvimento de ecossistemas essenciais para a transformação digital do país.

Também fomos testemunhas da aceleração que a pandemia trouxe para a transformação digital em curso no país. Aceleração que obrigou governos, empresas e cidadãos a mergulharem em profundidade nas suas trajetórias de transformação digital e acelerarem suas mudanças culturais. Foi graças à tecnologia que vimos muitos negócios serem criados, sobreviverem ou até mesmo se reinventarem. Acompanhamos o desafio que tem sido a consolidação da cultura do home office, das aulas e da medicina à distância.

E não nos furtamos de levantar a voz para ecoar também a nossa preocupação para que essa transformação digital não seja mais um elemento potencializador da estrutural desigualdade social que herdamos no nosso país. Clamamos por políticas públicas de inclusão, de democratização dos benefícios da tecnologia para a construção de um país mais justo, com igualdade de oportunidades e maior geração de valor no médio e longo prazos.

Diante disso, é importante ressaltar que a capacitação dos nossos jovens e a requalificação dos profissionais do mercado se tornou uma questão de grande preocupação, já que a pandemia acelerou a transformação digital e com ela mudanças estruturais nas qualificações exigidas. Entendemos que urge uma grande concertação nacional com foco nas qualificações do futuro e na preparação do trabalhador do século XXI. Trabalhadores mais qualificados, além de forte elemento de inclusão, será um fator essencial para o desenvolvimento econômico nacional, para a competitividade das nossas empresas e do nosso país.

Pensar digital é compreender que as respostas dadas hoje ao mercado podem ser insuficientes para as demandas de amanhã. É preciso mudanças de paradigmas, das próprias perguntas que fazemos em busca dessas respostas. Mudança de cultura. Por isso é preciso estabelecer projetos de capacitação permanente dos profissionais e da própria sociedade, incentivando o aprendizado constante.

O Movimento Brasil, País Digital completa 5 anos e temos muito orgulho da nossa trajetória, de todos os parceiros e colaboradores que tivemos ao longo de todo esse tempo e, sobretudo, de ter sido protagonistas e testemunha da transformação digital do no nosso país. Na certeza de que a jornada apenas começou, seguiremos caminhando confiantes de que, na ausência de respostas para todas as perguntas, estamos avançando no rumo certo: o de um país mais digital e menos desigual.

Andriei Gutierrez, Coordenador do Comitê Regulatório da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) e Cofundador e Coordenador do Brasil, País Digital

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Desafios e oportunidades do agro brasileiro

Marcos Jank traça cenários em palestra na AEB

O Brasil é o único entre os grandes exportadores do agronegócio que importa pouco. É ofensivo na exportação e defensivo na importação, o que atrapalha acordos, segundo o professor e pesquisador Marcos Jank, coordenador do Centro Global de Agronegócios do Insper, em palestra para membros da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

“Em uma mesa de negociações, a primeira coisa que os países pedem são contrapartidas, mas temos muitas restrições para entrada de produtos. Acho que isso é um problema que a gente precisa resolver. O Brasil deveria importar mais bens de capital, tecnologia e insumos, por exemplo. Poderíamos exportar mais frutas, lácteos e outros itens de valor agregado se fôssemos menos protecionista”, afirmou Jank.

Terceiro maior exportador global, o agro brasileiro alimenta mais de 1 bilhão de pessoas em 200 países – números que o colocam no topo do ranking dos mais diversificados em destino das exportações.

“Poucos países conseguem esse tipo de diversificação, os Estados Unidos são um deles. E isso ocorre mesmo com uma concentração na China. Aqui vale registrar que, nesse caso, a dependência é recíproca, os chineses também dependem do Brasil”, observou Jank.

Por outro lado, na diversificação por produtos, o Brasil está entre os piores do mundo, segundo o especialista. São poucos produtos, basicamente uma dezena de commodities puxada pela soja. Jank defendeu a diversificação para outras cadeias produtivas, como frutas, pescados, lácteos e produtos de maior valor adicionado.

“De maneira geral, o que puxa as exportações brasileiras é o aumento dos volumes e essa demanda asiática incrível! Estamos no século da Ásia para o agronegócio, grande região destino do agro brasileiro, que é deficitária em comida”, atestou.

Ao fim da palestra, Jank se mostrou otimista quanto ao futuro do agronegócio por dois fatores: a transformação logística e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Ao todo, 66% do território nacional é composto por vegetação nativa, 21% por pasto e 9% por áreas de plantio. A agricultura, segundo o professor, tende a crescer utilizando as terras de criação de gado.

“Temos uma imensa reserva de pasto, a produtividade na pecuária vem crescendo, e é nesse pasto que a lavoura vai ser ampliada. Existe muito potencial para a agricultura sem desmatar a floresta, esse processo já é uma realidade. Obviamente, é preciso que os governos e a sociedade como um todo controlem a ilegalidade”, alertou o pesquisador.

Quanto à logística, Jank lembrou que apesar do setor de agronegócios ter migrado para a Região Centro-Oeste, a logística continuou costeira, restando ao meio do país apenas estradas de baixa qualidade. Para o professor, porém, com o surgimento de novas ferrovias, como Ferrogrão e Ferronorte, ligando o Mato Grosso e arredores aos portos e outros modais, o panorama do agro deverá mudar bastante em uma ou duas décadas.

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Startup paranaense fatura em cinco meses o mesmo que levantou em todo o ano de 2020

A Celero é uma fintech que oferece um software que funciona como um departamento financeiro online para Pequenas e Médias Empresas de todas as regiões do País

As startups podem ser pequenas empresas no início e começar timidamente, mas em curto período desempenham um papel significativo no crescimento econômico do país. Somente no primeiro trimestre deste ano as startups brasileiras arrecadaram um total de R$ 10,1 bilhões, segundo relatório divulgado pela Sling Hub.

Um dos importantes fatores que resultam desse sucesso é a geração de trabalho, pois essas empresas melhoraram os padrões de emprego, proporcionando oportunidades para profissionais de diversas áreas.

É inegável que o recebimento de um aporte pode transformar a história de qualquer empresa. No caso de uma startup o ganho pode ser ainda maior, já que, em pouco tempo de fundação, as conquistas podem ser incontáveis. As startups também impulsionaram e impactam a economia do país, pois criam tecnologias revolucionárias.         

Neste contexto, o aporte pode significar um aceleramento direto neste processo de crescimento, pois, o investimento recebido significa muitas vezes a realização de negócios que demorariam anos para acontecer, como explica João Tosin, CEO e cofundador da Celero. “O aporte proporciona acesso e possibilidades. Basicamente o dinheiro do investidor serve para acelerar o tempo, pois o que eu conseguiria fazer em dois ou três anos eu posso fazer em questão de meses”, revela o executivo.

Em 2020, a Celero recebeu um aporte financeiro que representou um divisor de águas para os investimentos internos, resultado é que apenas nos primeiros meses deste ano, o faturamento da empresa foi maior do que toda receita do ano passado. “Nós começamos a ter acesso a recursos que a gente não tinha, trazer ferramentas que ajudaram a crescer mais, pudemos aumentar o nosso time consideravelmente, e o resultado disso foi que no primeiro trimestre deste ano nós conseguimos faturar o equivalente a 40% de todo o ano de 2020. Comparando os períodos, nós tivemos no primeiro trimestre 186% de crescimento”, detalha Tosin.

De acordo com o CEO da Celero, o cenário pandêmico que é enfrentado de forma global não fez os negócios recuarem. A empresa está caminhando na contramão da crise.  “Momentos de crise em geral acabam contribuindo para o crescimento de soluções como a nossa, porque nesses momentos o empresário adquire uma consciência um pouco maior e percebe o quanto precisa cuidar do seu capital e dos seus recursos, o que acaba permitindo que a gente tenha um pouco mais de voz”, argumenta o empresário.

O aporte financeiro representa para as startups uma via de mão dupla, pois, levantar fundos de terceiros pode gerar dívidas e diluição do patrimônio, no entanto a maioria dessas empresas optam por buscar investimentos, especialmente à medida que crescem e escalam suas operações, pois, atrair esses financiamentos que incluem empréstimos bancários ou capital de risco são essenciais para expandir o negócio para o próximo nível.

Para conquistar sucesso em suas negociações e principalmente para a obtenção de fundos durante todos esses anos a Celero mantém uma conduta de autoavaliação que é importante, sempre organizando os seus propósitos e traçando planos financeiros e de negócios bem detalhados e estruturados, para garantir a excelência na execução e entrega dos projetos, como afirma Tosin. “Junto com o aporte vem uma carga de responsabilidade muito grande, pois, a partir do momento em que os contratos são assinados eu assumo a responsabilidade de entregar os projetos e os resultados que são selados no momento do acordo, o que inclui entre outras questões a contratação de mão de obra para suprir essa nova demanda”, explica. 

Diferencial

O software de gestão financeira desenvolvido pela Celero descomplica o dia a dia de empreendedores. O modelo de gestão criado pela startup opera de forma online, o que trouxe mais agilidade ao processo de seus clientes, tornando o trabalho ainda mais confiável.

Outro ponto de destaque do software Celero é o aumento exponencial na produtividade de seus clientes, já que a plataforma reúne em um só lugar todas as funções necessárias para a execução do trabalho. Além disso, a Celero busca auxiliar as empresas oferecendo de forma gratuita cursos e palestras esclarecedoras sobre aspectos administrativos e financeiros.

Com todo o crescimento e inovações que a startup vem demonstrando em sua trajetória a projeção para o futuro da empresa não poderia ser diferente. “Pretendemos consolidar a carteira dos nossos produtos e aumentar de forma consistente a base de clientes, para que eles tenham acesso a um princípio do ecossistema de soluções que a gente oferece, além de dar mais alguns passos no sentido de oferecer soluções definitivas para pequenas e médias empresas”, finaliza o CEO.

Como nasceu a Celero?

A Celero foi lançada oficialmente em 2016, mas está no mercado desde 2014, iniciando sua trajetória como uma consultoria financeira chamada J2 Consulting. Com a disciplina e trabalho que qualquer empreendimento exige, João Tosin, João Augusto Betenheuzer e Pedro Chaves remodelaram o negócio e lançaram, dois anos depois, a Celero: startup, inovadora, com serviços de gestão e automação para o departamento financeiro das empresas. Hoje, a startup oferece, com uso de tecnologia de ponta, um departamento financeiro online para PMEs de todas as regiões do País. Pioneira nesse nicho de mercado, sua plataforma é a única do mundo que automatiza toda a rotina financeira, transformando fotos ou imagens de documentos em relatórios  financeiros e operações bancárias. A tecnologia, inclusive, pode ser utilizada sem a exigência de conhecimento técnico do setor, diferencial que facilita a vida dos empreendedores, impactados muitas vezes pela burocracia e desconhecimento das rotinas financeira e tributária do Brasil.

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Recursos do Pronampe devem chegar às empresas em 10 dias, afirma presidente da ABDE

Sistema Nacional de Fomento é responsável pela maioria das operadoras do programa

O projeto de lei que torna o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) permanente foi publicado no Diário Oficial na última sexta-feira (4). Com aporte de R$ 5 bilhões no Fundo Garantidor de Operações (FGO) para cobrir até 20% da carteira total de cada instituição, o governo prevê que o programa empreste R$ 25 bilhões até o final do ano. A estimativa da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), entidade composta por 31 instituições financeiras de desenvolvimento que compõem o Sistema Nacional de Fomento (SNF), é que os recursos comecem a chegar às empresas na segunda quinzena do mês.

“Dialogamos com o governo federal a reedição do Pronampe e estamos satisfeitos que o programa se tornou realidade. Já demos início ao cadastro e esperamos estar irrigando as MPEs com crédito e trabalhando com vistas à retomada da economia. Em cerca de 10 dias acredito que os recursos já devem chegar na ponta”, explicou o presidente da ABDE, Sergio Gusmão Suchodolski.

No ano passado, o Pronampe emprestou R$ 37 bilhões. Doze entidades do SNF (Badesul, Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Banco Sicoob, Banrisul, BDMG, BNB, Caixa, Sicredi, GoiásFomento, Banestes e Banese) operaram 78,5% do valor contratado, totalizando R$ 29,5 bilhões em garantias.

“Somos imensa maioria dos operadores do Pronampe e vemos essa nova fase com bons olhos, sobretudo porque ainda estamos na pandemia e há necessidade de crédito atraente e com fundo garantidor robusto”, disse Suchodolski.

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Uma das primeiras unicórnios do agro, Indigo apoia Programa AgriFoodTech Latam 2021

A Indigo, startup que desenvolve inovações digitais para o agro e uma das primeiras unicórnios (valor acima de US$ 1 bilhão) do setor no mundo, apoia o Programa AgriFoodTech Latam 2021, promovido pela Glocal, a primeira aceleradora na América Latina para startups e médias empresas do agronegócio.

“A Indigo surgiu como uma startup e hoje é uma das empresas mais promissoras do mundo, figurando frequentemente na lista das mais inovadoras. Sabemos o diferencial que uma startup pode levar ao agro e por isso nos juntamos à Glocal para incentivar outras empresas a crescerem e contribuírem cada vez mais para o desenvolvimento do setor ”, afirma Dario Maffei, CEO Latam da Indigo.

O Programa AgriFoodTech Latam 2021 oferecerá aos selecionados mentoria com especialistas que acompanharão o desenvolvimento das startups, além de todo suporte de serviços (marketing, RH, gestão comercial), networking, financiamentos e investidores. As inscrições podem ser feitas até o dia 15 de junho. Mais informações pelo link www.f6s.com/glocallatamagrifoodtechprograme2021/about.

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Agtech de Maringá exporta solução para gerenciamento de pasto

Monitorar a pastagem ficou mais prático com uma solução criada por zootecnistas de Maringá, a Gerente de Pasto. Eles criaram um método inovador para a realização deste trabalho e desenvolveram um software de gestão, além de aplicativo, reformulado em 2021. O crescimento no número de clientes tem avançado 60% ao ano, sendo que atualmente são 150 usuários da ferramenta em fazendas no Brasil, Paraguai e Bolívia. 

A empresa dos sócios Josmar Almeida Junior, Bruno Shigueo Iwamoto e Edmar Pauliqui Peluso, formandos na Universidade Estadual de Maringá (UEM), foca em melhoria na eficiência da utilização de pastagens, visando a ampliar a margem de lucro do pecuarista. Com o software, que deve ser alimentado com informações da propriedade, o pasto é “transformado” em números, avaliando processos que levam à engorda do gado através do bom manejo da pastagem, entre outras informações que ajudam na tomada de decisões. 

A ideia funciona por meio das etapas de planejamento forrageiro, com o objetivo de otimizar a alimentação do gado o ano todo, mesmo em períodos de seca; de manejo da pastagem, que estabelece qual a melhor estrutura do capim, permitindo rebrota mais rápida e, consequentemente, mais oferta de alimento para os animais; e, por fim, a aplicação do método que permite trabalhar a estrutura do pasto de forma global, com informações como a quantidade de cabeças que pode ser colocada em determinada área. 

A solução oferece via celular os controles de rebanho, climático, de suplementação, de adubações e calagens e das áreas de pastagens. “Somos vendedores de consultoria e método e o software veio para apoiar tudo isso. O método, que disponibilizamos por meio do software e mais recentemente no aplicativo, operacionaliza o planejamento e o manejo do pasto dispensando cálculos e planilhas. As informações todas ficam disponíveis na palma da mão”, destaca Bruno Shigueo Iwamoto. 

Junto com o produto, a Gerente de Pasto oferece cursos para ajudar funcionários a operar a ferramenta, já que é preciso, por exemplo, ter conhecimento sobre pastagem para alimentar o sistema. 

Para o desenvolvimento do aplicativo a empresa contou com o apoio do Sebrae/PR. “Neste ano, nós remodelamos o app através de serviços que alcançamos via Sebraetec. O app ficou muito mais intuitivo e com perfil de monitoramento, o que ajuda o usuário do dia a dia a ficar mais familiarizado com a ferramenta”, diz Iwamoto. 

Em fase de expansão, a empresa se prepara para conexões com outros players do mercado do agro e participa do Tech by Sebrae, que tem como objetivo promover a evolução das micro e pequenas empresas nas esferas de gestão, estratégias digitais e expansão de mercado. 

De acordo com o mapeamento Startup PR 2020/2021 realizado pelo Sebrae/PR, há 141 startups na vertical agtech no Estado, sendo que aproximadamente 10% estão na região noroeste. Para a consultora do Sebrae/PR, Erica Sanches, a Gerente de Pasto é uma mostra da qualidade das agtechs que vêm sendo desenvolvidas localmente, além de evidenciar que as universidades locais têm formado profissionais com características empreendedores, o que é um sinal de ecossistema de inovação fortalecido. 

Nesse ecossistema, ela explica que o Sebrae/PR se posiciona de modo a conectar atores e a oferecer soluções para alavancar os negócios de empreendedores. “Seja por meio do Sebraetec, que oferece subsídios para as empresas acessarem serviços, Programa de Potencialização, Tech By Sebrae, trabalhamos para impulsionar os negócios com inovação”, diz. 

A consultora acrescenta que na região Noroeste o Sebrae/PR vem realizando um trabalho de potencialização do agro, em segmentos como gardens, carnes especiais, alimentos e bebidas. “Aproximar-se de outras empresas, estendendo a rede de contatos, é um passo importante para o desenvolvimento. Proporcionar essa conexão é um dos nossos objetivos”, frisa.

Fonte: Sebrae/PR

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