Startup de minimercado autônomo inaugura primeira operação no Paraná

A Minha Quitandinha está com um projeto de expansão e abriu a primeira loja no Paraná. A startup que criou um modelo de minimercado autônomo para ser instalado dentro de condomínios residenciais, empresariais e centros esportivos, que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, sem a necessidade de funcionários, chegou a cidade de Ponta Grossa. A expectativa até o fim do ano, no estado, é ter 10 lojas com cinco licenciados e R$180 mil de faturamento.  A meta da empresa é chegar a 300 lojas até o final de 2022 em todo Brasil. A estrutura da startup está sendo ampliada também, já que antes o escopo era mirar apenas em condomínios e agora aposta em empresas, clubes, academias, marinas e hotéis com um fluxo de 500 pessoas, em média

“A chegada em Ponta Grossa é estratégica para gente, porque ela é a quarta maior cidade do Paraná, então vamos ter uma boa visão de como a Minha Quitandinha será aceita no estado e como podemos atuar de uma maneira que agrade aos clientes, pois cada local é diferente e tem suas particularidades e produtos preferidos típicos”, afirmou Douglas Pena, CRO e sócio da startup.

A Minha Quitandinha tem uma operação simplificada, pois não requer muito espaço, sendo o ideal acima de 2 m², podendo ser no hall de entrada, recepção, corredor ou até mesmo em uma vaga de garagem. O layout é pré-definido e personalizado para cada projeto de acordo com a área e caso desejável, podendo ser instalado em um container, se for numa área externa, ou white label. Para o consumidor, a startup é intuitiva, com as compras sendo realizadas por meio de um app de celular gratuito e permite o passo a passo bem simples: escanear o código de barra dos produtos que deseja adquirir e pagar diretamente pelo aplicativo, via cartão de crédito e débito.

A startup conta com 30 lojas instaladas nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Pará, e enxerga um grande potencial para crescer com este modelo de negócio, já que entre os benefícios de se fazer compra em um mercado autônomo estão a praticidade, economia de tempo e segurança.  

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GFT amplia faturamento em 51% no Brasil no primeiro semestre de 2021

A expectativa é que as empresas ao redor do mundo aumentem seus gastos com TI em 9% em 2021. A GFT Technologies SE (GFT) pretende superar até mesmo o seu expressivo crescimento baseado no desempenho da empresa nos primeiros seis meses e nos pedidos recebidos para o segundo semestre do ano.

No primeiro semestre, o resultado global foi de uma evolução de 18% na receita, totalizando 261,58 milhões de euros, enquanto o lucro antes de impostos quadruplicou para 16,62 milhões de euros. Esse forte crescimento foi impulsionado, em parte, pelos efeitos de recuperação macroeconômica e pela aceleração da implementação dos projetos nos clientes da GFT Technologies SE. Segundo Marika Lulay, CEO global da GFT, há uma significativa tendência de evolução dos negócios da empresa neste momento. “Nossos clientes estão tomando decisões rapidamente sobre os projetos e os impulsionando com grande rapidez. Também estamos nos beneficiando de um efeito especial este ano: a retomada de projetos adiados devido à pandemia. Isso acelera ainda mais nosso crescimento”.

Nos primeiros seis meses de 2021, a GFT Technologies gerou um crescimento significativo da receita e quadruplicou o lucro antes de impostos. A empresa também atingiu suas metas de crescimento para negócios com clientes nos setores de seguros e manufatura. Marika acrescenta: “Fortalecemos nossa experiência em tecnologias futuras como nuvem, IA, blockchain e análise de dados, mesmo com a pandemia de Covid-19. E os nossos clientes reconhecem isso e confiam em nossa experiência. O resultado está refletido em nosso desempenho comercial”.

Marco Santos, presidente da GFT para Estados Unidos e América Latina, enaltece que a unidade brasileira segue com o seu crescimento exponencial e a contribuição de 12% na receita total reforça esse cenário. “A modernização dos serviços financeiros, como open banking e outras funcionalidades, gerou uma alta demanda por digitalização e a nossa expertise é cada vez mais solicitada por esse setor”.


Além do forte aumento das demandas no mercado local, a GFT Brasil liderou diversos projetos internacionais em serviços de nuvem, agilidade e Salesforce. “Essa performance reforça a nossa expertise nesses serviços. A estratégia local envolve aprimorar cada vez mais o nosso know-how na área de finanças. Além disso, queremos mostrar o nosso potencial em outras áreas como telecom, varejo, seguros e saúde. Temos um time de especialistas preparados para impulsionar ainda mais os nossos números”, destaca Alessandro Buonopane, country manager da GFT Brasil.

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Biopark chega aos 5 anos com grandes avanços

Visão a longo prazo e principalmente, desejo de fazer algo a mais pelo país, começando pela região onde vivem e construíram uma sólida trajetória empreendedora, o Oeste do Paraná. Esse propósito foi a mola propulsora que levou o casal de farmacêuticos Carmen e Luiz Donaduzzi a fundarem o Biopark, Parque Tecnológico que está sendo construído com investimento 100% privado. Neste 22 de setembro de 2021, ao completar cinco anos, a iniciativa, que é resultado de uma trajetória que acumula mais de 40 anos de experiência em empreendedorismo e da fundação de empresas como a indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi – maior produtora de doses de medicamentos genéricos do Brasil, cresce em ritmo acelerado e apresenta números que surpreendem. 

O Biopark está localizado em Toledo, Região Oeste do Paraná. O município é considerado a 7ª melhor cidade para se viver no Brasil e também “Capital Paranaense do Agronegócio”, estando em primeiro lugar no ranking de municípios com maior Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP).  Destaque também para a geração de empregos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de janeiro a junho de 2021, Toledo teve o maior saldo per capita entre os 21 municípios do estado com mais de 100 mil habitantes. Nesse cenário o  Biopark  ganha corpo e, principalmente vida. São mais de 5 milhões de m² totalmente planejados e divididos em fases. Ao longo de 30 anos, o projeto deve chegar a 30 mil postos de trabalho e ter uma população estimada em 75 mil pessoas, morando, trabalhando e estudando.   

Concentrando-se em três grandes eixos: educação, negócios e pesquisa, o Parque une essas vertentes com foco em gerar oportunidades para pessoas e empresas, principalmente, para contribuir com o desenvolvimento regional.  Atualmente são mais de 20 obras em andamento, mais de R$ 300 milhões em investimento, quatro instituições de ensino, mais de 500 empregos gerados, pelo menos 90 vagas de emprego em aberto e mais de 100 negócios atuando, sendo 19 internacionais, tudo isso cria um Ecossistema onde já circulam diariamente 2 mil pessoas.   

Atração de empresas  

Para ter uma população futura estimada em 75 mil pessoas é necessário criar um ecossistema dinâmico e que demanda profissionais, e uma das formas que o Biopark encontrou para fazer isso é com a atração de empresas. O objetivo é recepcionar empresas em diferentes níveis de maturidade pertencentes aos ramos Agro, Saúde ou TI. A partir do momento que as empresas ingressam no Ecossistema, recebem suporte e apoio para que possam se desenvolver e crescer.  

Para tanto, o Biopark tem duas modalidades de atração de empresas, uma delas é a Incubadora, que atrai negócios em fase inicial e oferece mentorias, estrutura e ainda apoio financeiro mensal de R$ 2 mil durante os seis meses de incubação. Já para negócios com um grau de maturidade um pouco maior, que já tenham faturamento e colaboradores, existe o Programa de Residência, onde as empresas encontram estrutura física sem custo de aluguel pelo período de um ano, espaços que vão desde salas exclusivas para escritórios, áreas industriais ou coworking, bem como mentorias gratuitas e ofertadas nas mais diversas áreas por profissionais experientes.   

Há também as âncoras, grandes empresas, com destaque em seus ramos de atuação como é o caso da Prati-Donaduzzi, que no Parque instalou o seu Centro de Distribuição. O total de empresas instaladas no Biopark saltou de 4 em 2018 para 122 atualmente, sendo que empresas de outros países também tem encontrado benefícios únicos no local. É o caso da Biosamer, empresa Chilena especialista em pesquisa e produção de probióticos – microrganismos benéficos à saúde que auxiliam, entre outras coisas, no fortalecimento do sistema imunológico e melhora da absorção de nutrientes. Hoje a empresa está presente em 30% de todas as redes de farmácias do Chile. 

“O Biopark é um facilitador que ajuda a nossa adaptação no Brasil e os nossos negócios a terem fluidez. Essa adaptação é algo muito importante logo na nossa chegada, pois a cultura e o jeito de se fazer negócios são diferentes de um país para o outro.  Entre os benefícios ofertados pelo Biopark, além da ajuda para aprender o idioma, está o auxílio para explicação das normativas brasileiras, o que no meu caso é essencial para conseguir colocar o meu produto no mercado brasileiro”, explica o empreendedor Felipe Alejandro Castro Ramirez.   

Outra empresa residente é a Flexvet, que em quase um ano de residência, apresentou resultados expressivos em faturamento e visa concluir uma sede própria no Biopark nos próximos anos. “Os benefícios e principalmente as mentorias, fortalecem a empresa e coloca ela cada vez mais no caminho correto. Estou aplicando as mentorias e fazendo mudanças na empresa e isso já está refletindo no faturamento, realmente consegui dar um salto bastante expressivo. Todo o Complexo do Biopark passa uma segurança para quem está aqui dentro a ponto de eu ter adquirido também um terreno aqui. Hoje a Flexvet está se inclinando para começar a exportação e já pensamos em construir a nossa sede própria aqui nos próximos anos. Em um ano realmente sentimos que estamos dando um passo coreto”, explica o fundador da empresa, Dirceu Máscimo Junior.  

Pesquisa   

Na área de pesquisa a atuação está baseada no conceito on demand side – que considera a realização de pesquisas que sejam relevantes para a sociedade e gerem benefícios reais e diretos. Entre os projetos destacam-se o laboratório de Biomateriais e Bioengenharia – LBB, fruto de uma parceria internacional entre Biopark, Universidade de Laval, do Canadá, e o Instituto de Bioengenharia do Hospital Erasto Gaertner – IBEG, de Curitiba. Seu objetivo é pesquisar recobrimentos antimicrobianos para dispositivos médicos, como cateteres venosos centrais. O desenvolvimento dessas pesquisas pode resultar em dispositivos capazes de prevenir infecções durante a sua implantação ou manipulação, trazendo mais segurança e qualidade de vida para pacientes em tratamento hospitalar. 

Ainda na pesquisa, destaca-se o projeto de Desenvolvimento e Inovação em Queijos Finos, voltado a produtores rurais que queiram incrementar a renda com a produção de queijos finos de alto valor agregado e elevar a bacia leiteira do Paraná a outro patamar. Com equipe e laboratório dedicados exclusivamente para o projeto, o Biopark oferece gratuitamente todo o suporte necessário para os produtores, que vai desde o acompanhamento dos animais, até a transferência de tecnologia dos pesquisadores para que os produtores tenham conhecimento e autonomia para produção de queijos. Atualmente, cinco tipos de queijos finos já são comercializados por produtores dos municípios de Toledo, Cascavel e Diamante D’Oeste, e pelo menos mais nove queijos finos devem chegar ao mercado em breve.  

Educação  

Com fortes raízes na Educação, o Biopark investe continuamente na oferta de cursos. São mais de 800 estudantes nas quatro instituições instaladas, três são públicas, e uma é iniciativa própria de ensino, o Biopark Educação.  O parque agrega a faculdade de medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que teve a doação do terreno e prédio realizados pelo casal de empreendedores Carmen e Luiz, com um valor de mais de R$ 22 milhões; o Instituto Federal do Paraná (IFPR), com o curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas e a oferta do Ensino Médio Integrado que oferece o diploma de Técnico em Informática pra Internet Integrado ao Ensino Médio; a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), com mestrado profissional em Tecnologias e Biociências e que  recebeu a doação de uma área de mais de 37 mil m² onde deverá  construir um Complexo da Universidade, além de implementar  novos cursos, principalmente da área da tecnologia da informação. 

No Biopark Educação, com a aplicação de metodologias ativas de ensino, os alunos trabalham com a inovação dentro da sala de aula, formando profissionais com competências verdadeiramente adequadas ao que o mercado de trabalho exige. Em um ano a Instituição teve grandes avanços, e vem se consolidando com diversos cursos de capacitação em diferentes níveis e áreas, com foco em contribuir com a comunidade.  

Os cursos ofertados são técnicos, graduações, especializações, cursos curtos, capacitações sob demanda, além do ensino científico para crianças, com o Clube de Ciências do Biopark.  Nos últimos meses, focando em atender a demanda regional e nacional do mercado de TI, o Parque também tem ofertado cursos gratuitos e com bolsas de estudos principalmente para formação de programadores. São os cursos do Zero ao Um, voltado para jovens de 14 a 18 anos e o Biopark Connect, para jovens a partir de 18 anos. As aulas já estão acontecendo e terão seis meses de duração.  Destaque também para a Faculdade Biopark, que recebeu o credenciamento do MEC (Ministério da Educação) com conceito máximo (5,0) e os três cursos de graduação da Instituição também foram credenciados com excelentes notas. O curso de Administração conquistou a nota máxima (5,0) e o os cursos de Farmácia e Análise e Desenvolvimento de Sistemas obtiveram a nota 4,0. 

Futuro em construção 

Com quatro instituições de ensino em atividade, mais de cem empresas, há no local uma alta demanda por moradias, instalação de estabelecimentos comerciais e de serviços, o que consolida o empreendimento também como um local para se viver. A previsão é que até fevereiro de 2022, o Biopark tenha 14 prédios, com aproximadamente 800 apartamentos para moradia. Os mais de duzentos terrenos que foram comercializados apresentaram índices de valorização de mais de 100%. 

“Para quem quer emprego, nós temos a oferta de trabalho, para quem quer investimento nós temos ótimas taxas de retorno, para quem quer ambiente empreendedor nós temos terrenos, coworking e apoio para a empresa dobrar de faturamento. Tudo isso por meio do know-how que sustenta a atuação do Biopark”, explica o Diretor de Negócios do Biopark, Paulo Victor Almeida. 

Um dos grandes projetos em desenvolvimento é a Smart Farm que tem como objetivo mudar a realidade do agronegócio regional trazendo para o Biopark o que há de mais moderno e tecnológico para a aplicação em propriedades rurais. Para tanto, o Biopark cedeu 15 hectares para a instalação da Fazenda Inteligente, onde a empresa residente NetWordAgro e outros parceiros, colocarão em ação tecnologias com recursos de IoT, robôs e drones, sensores, veículos autônomos, entre outras tecnologias. O objetivo é ter um ganho de eficiência por meio de informações em tempo real, previsões de dados e a utilização de ferramentas avançadas. O local abrigará outras empresas renomadas no agronegócio, como a Sempre Sementes.   

Já o campus de Startups contempla uma área de 36 mil quadrados dedicada a instalação de startups, que acoplará 500 empresas. Além disso, estão previstas a instalação de centenas de   clínicas médicas, um Complexo Hospitalar, um Mall Gourmet, Shopping Center e outros investimentos. 

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A importância da participação das PPPs no leilão do 5G

Por André Rodrigues, presidente do Conselho de Administração da ABRINT

Diferente com o que aconteceu com o leilão do 3G e 4G, o edital do 5G representa um claro avanço em relação aos leiloes de faixa de radiofrequência anteriores dada a opção por um modelo não arrecadatório por parte do Estado. A expectativa é a de que este modelo incentivará a participação de novos entrantes no mercado de SMP, seja concorrendo pelos lotes nacionais, seja em busca dos lotes regionais, o que inclui a participação de provedores de menor porte, que atualmente levam a conectividade a regiões afastadas dos grandes centros urbanos, e que, por isso, carregam o potencial de levar o 5G por meio de fibra óptica, elemento indispensável para a democratização da conectividade no País.

Mas, apesar de ter condições de garantir a conectividade dessas regiões mais afastadas, é preciso que haja segurança para essas empresas. Atualmente, o regulamento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) obriga o usuário secundário de uma frequência a desocupá-la em seis meses após solicitação de uso do licenciado em caráter primário, um tempo muito curto para as empresas. Por isso, a ABRINT – Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações defende que se faz necessário o fracionamento das faixas para que a disseminação do 5G seja mais rápida e para que se evite o que ocorreu nos últimos leilões, onde até hoje há municípios brasileiros sem acesso a essa infraestrutura.

Recentemente, a associação foi convidada pelo TCU a ajudar a esclarecer algumas dúvidas e a expor sua opinião referente a participação das prestadoras de pequeno porte no leilão do 5G. Em uma de suas contribuições para o Edital, a ABRINT salientou a importância de se ter definida uma oferta de atacado atrativa e viável para uso pelos pequenos provedores de internet, sendo assegurado a eles o direito, em condições predefinidas, de acesso à rede complementar geograficamente para que, assim, eles possam atender seus clientes. Essa proposta beneficiaria as PPPs que podem estar excluídas do uso das redes enquanto, em regra, as prestadoras de grande porte capturam sinergias por meio de compartilhamentos de rede e espectro / RAN Sharing e bloqueiam o acesso a estas redes por terceiros interessados. Portanto, se faz necessário medidas concretas no mercado de redes para que sejam alcançadas as finalidades de ampliação da oferta de serviços modernos à população e do fomento à competição no mercado de varejo.

A partir da contribuição da ABRINT, a equipe técnica do TCU sugeriu que, antes da publicação do edital do 5G, a Anatel adotasse medidas que visem corrigir a incompatibilidade entre as atuais condições do edital que buscam a regionalização dos lotes de SMP e a participação de provedores regionais e novos entrantes, e as regras de compartilhamento de rede e de roaming. Dessa forma, se evita barreiras e limitações à operação de rede e aos usuários de PPPs e também a discordância com a regulamentação do setor de telecomunicações que será realizada pela agência reguladora.

Além disso, no parecer sobre o edital, a equipe técnica do TCU reforçou o caráter dinâmico da expansão das redes de telecomunicações e enfatizou que é expressamente relevante a atualização das listas de localidades, já que, com o passar do tempo, a situação da infraestrutura pode ter se modificado; e citou a importância e existência da Campanha de Backhaul de fibra feita pela ABRINT para que sejam disponibilizadas informações mais fidedignas ao setor quanto à existência de redes de transporte em fibra óptica.

Na última etapa da campanha promovida pela ABRINT, foram identificadas 526 localidades a serem atualizadas na Anatel. As regiões Sudeste, Nordeste e Sul são as que mais receberam contribuições, sendo 169, 142 e 125, respectivamente. Já as regiões Centro-Oeste e Norte foram identificadas 45 localidades cada. Além de trazer informações atualizadas para o edital, o objetivo dessa iniciativa é permitir ao órgão regulador alocar as contrapartidas de investimento em backhaul de fibra dos vencedores da faixa exclusivamente aos municípios que realmente ainda não têm essa infraestrutura, atendendo dessa forma o objetivo da política pública que é melhorar a conectividade do País.

O desafio de implementar o 5G no Brasil passa necessariamente pelo uso de fibra óptica e, por isso, o provedor regional, que tem rede de fibra capilarizada pelo interior do País, é um player indispensável para a implantação da nova tecnologia. Espera-se que o 5G possa contribuir para que os serviços operem da maneira mais eficiente possível e que, ainda, possibilite cobertura da rede de dados em grandes distâncias, com foco em áreas rurais ou regiões com baixa densidade populacional. Os benefícios que essa revolução trará são imensuráveis e, para os provedores regionais, trata-se de uma nova perspectiva da chamada transformação digital.

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Projeto utiliza inteligência artificial, tecnologia espacial e nuvem para gerir rebanhos de forma mais sustentável

Atualmente, os animais selvagens – principalmente búfalos e gado – são uma ameaça à ecologia e economia do norte da Austrália, mais especificamente no Top End. Para solucionar isto, uma nova abordagem, que reúne conhecimento indígena, tecnologia espacial e inteligência artificial, está sendo desenvolvida com o objetivo de criar o maior sistema de manejo remoto de rebanho do mundo. O projeto SpaceCows, desenvolvido pela Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO) e pela Microsoft, visa criar novas oportunidades econômicas, ambientais e culturais, bem como arquitetar as ‘melhores práticas’ comprovadas para a gestão, usando IA e tecnologia espacial.   

No projeto, os animais serão rastreados em uma área combinada de mais de 22.000 quilômetros quadrados, abrangendo, principalmente, as terras indígenas. Ao invés de usar a tecnologia sem fio convencional, que não se adapta à topografia natural e ao ambiente hostil no extremo norte da Austrália, os dados serão coletados usando uma rede de 25 nanossatélites de IoT da Kinéis a 650 km de altitude, armazenados em nuvem com o Azure, e a Microsoft também está desenvolvendo algoritmos de IA e pipelines de aprendizado de máquina que atuarão como a base digital para o programa. 

“A chave para fazer isso de forma eficiente e econômica é usar uma tecnologia de rádio baseada em satélites. Com nossos parceiros, estamos construindo tags (marcadores físicos) vinculadas a satélites, que enviam a localização, atividade, temperatura, umidade e alguns outros dados e, em seguida, retransmitem essas informações por meio do sistema IoT dos satélites Kinéis” afirma Dr. Andrew Hoskins, cientista pesquisador da CSIRO. 

A inteligência artificial interpretará os dados e fornecerá previsões aos guardas-florestais indígenas usando os painéis do Power BI, plataforma de dados da Microsoft. Isso permitirá tomadas de ação direcionadas ao controle dos animais selvagens, a fim de proteger o meio ambiente e locais culturais importantes. Esta abordagem também cria oportunidades econômicas, permitindo a colheita e comercialização ética destes animais.

Usar os dados de movimento dos animais para criar distribuições observadas e, em seguida, cruzar com dados ambientais – incluindo o clima – permitiu o desenvolvimento de uma série de modelos de cenário que refletem hipóteses reais, o que auxilia na tomada de decisão. Além de apoiar a capacidade local na reunião e manejo ético de gado e búfalos, o programa desenvolverá um treinamento educacional, expandindo as habilidades digitais e as oportunidades de emprego no país para os indígenas. 

No futuro, os aprendizados do SpaceCows podem contribuir para outras iniciativas destinadas a enfrentar desafios de animais selvagens como burros, cabras e porcos. Os pesquisadores também estão explorando outras inovações como o recurso do computador planetário da Microsoft, que combina dados ambientais globais com APIs intuitivas que podem ajudar a acelerar o desenvolvimento de soluções locais. 

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Pesquisa Paessler revela o nível de sustentabilidade da TI em 2021

A Paessler, empresa especializada em monitoração de redes, anuncia as descobertas da pesquisa “Evolução da Cultura de TI” realizada no primeiro semestre de 2021, a partir de entrevistas com 1548 gestores de TI de empresas dos EUA, Alemanha, Reino Unido, Canadá, França, Austrália, Brasil e México. Essa amostra incluía organizações de todos os tamanhos – os maiores grupos reúnem empresas com até 300 colaboradores (473 organizações) e com mais de 1000 colaboradores (364 empresas).  São organizações dos setores de governo, saúde, educação, finanças e serviços de tecnologia. Esse é um levantamento realizado anualmente pela própria Paessler.  Uma das principais novidades do estudo desse ano é a crescente importância dada à sustentabilidade das operações de TI. 39,49% dos entrevistados disseram que esse ponto é muito importante; outros 41,92% desse universo afirmaram que a busca da sustentabilidade é bastante importante.  Curiosamente, porém, nem todos os entrevistados já estão engajados em programas de sustentabilidade na TI – o número total é de 37,13%. Quando se estuda esse ponto por vertical, no entanto, o quadro muda: 45% dos entrevistados do setor de finanças, por exemplo, já estão implementando novos processos e tecnologias para otimizar o uso de recursos tecnológicos.

Smart Buildings e data centers “verdes”

“A pesquisa mostra que mesmo os gestores de TI que ainda não iniciaram a jornada de sustentabilidade têm uma clara visão dos pontos a serem modificados em suas empresas”, ressalta Luís Arís, gerente de negócios da Paessler LATAM. Numa resposta com múltiplas opções, 45,59% valorizam a possibilidade de reduzir o uso de hardware em suas empresas. Outros 39,86% apostam no uso de soluções de Smart Building – plataformas baseadas em sensores IoT que monitoram nas mais diversas funções e áreas do edifício – para diminuir o consumo de energia.  Vale destacar que, em outro ponto da pesquisa, 49,68% afirmam que nos próximos 10 anos, o maior desafio que enfrentarão ser a gestão dos cada vez mais disseminados ambientes “acesos” com dispositivos IoT.

Voltando ao tema sustentabilidade, 36,95% consideram que uma boa estratégia é migrar o data center para a nuvem e outros 34,51% vão ainda mais longe, indicando a decisão de só usar data centers “verdes”.  “A busca de sustentabilidade é um diferencial de negócios, influindo na decisão de compra dos consumidores. Os gestores de TI sabem disso e estão ativamente se preparando para fazer sua parte nesse avanço”, observa Arís.

As frustrações do gestor de TI

A pesquisa mapeia, também, as frustrações dos líderes responsáveis por garantir – por meio da gestão de ambientes cada vez heterogêneos e distribuídos de TI – a continuidade dos negócios. 56,69%, por exemplo, sofrem quando algo de errado ocorre com a rede e eles não contam com uma visão preditiva sobre esse fato. Na mesma linha, 51,97% lamentam quando é um usuário que, ao acessar o Service Desk, informa que há falhas no ambiente.

Outros 33,95% lutam continuamente contra os problemas trazidos pelos usuários que acessam, na Shadow IT, portais Web não homologados pela TI, muitas vezes representando uma porta aberta para invasões e roubo de dados.  “O alvo desse levantamento é o profissional que trabalha 24×7 para garantir a qualidade dos serviços digitais entregues aos usuários internos e externos”, analisa Arís. “As estatísticas acima são apenas a ponta do iceberg – a velocidade de transformação dos ambientes digitais é tal que o gestor está sempre olhando para o próximo desafio que terá de enfrentar”.

Tempo para se dedicar à inovação dos negócios digitais

Como um contraponto a esse quadro, vale a pena analisar os gestores de TI que estão satisfeitos com os resultados de gestão de infraestrutura que têm conquistado. 88,75% consideram-se felizes quando percebem que todo o ambiente de TI está sobre controle. Nessa questão de múltiplas respostas, 85,43% explicam que conseguem corrigir rapidamente qualquer falha na rede.  O resultado dessa estabilidade e controle – dizem 53,20% – é que conseguem tempo para se dedicar a projetos de inovação, demandas cada vez mais críticas da economia digital global e brasileira. 

A pergunta “Que áreas da empresa você consegue monitorar”, por fim, traz respostas que parecem coincidir com as descobertas acima. Essa questão de múltiplas escolhas traz em primeiro lugar – 70,08% – os gestores que conseguem monitorar de pontos remotos como filiais, mobile computing e colaboradores em teletrabalho até o chão de fábrica, passando por todos os componentes digitalizados da empresa. Outros 33,69% têm visibilidade e controle sobre partes de seus ambientes digitais. Vale destacar que 9,11% já estão ativamente monitorando o consumo de energia de seu ambiente.  “A pandemia levou o mundo digital a se expandir como nunca”, observa Arís. “Em muitos casos essa expansão não foi acompanhada do uso de plataformas de monitoração que conseguem medir o status de cada elemento da rede, seja hardware, seja software, seja processo.  Isso leva a um contexto em que a TI apresenta falhas constantes, prejudicando os negócios. É fundamental que, nesse final de 2021 e também em 2022, aumente a maturidade desse universo”.

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ABES é destaque na Smart China Expo 2021

A ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software está participando da Smart China Expo, um evento internacionalmente reconhecido, que vai até dia 30 de setembro. O estande virtual da associação já teve mais de 17 mil visualizações e segue disponível para visitação. A edição desse ano teve como foco as novas tecnologias voltadas para o setor industrial, de software, manufatura e aplicativos inteligentes. A ABES e a InvestSP foram as empresas brasileiras convidadas e tem seus estandes disponíveis no evento online. O acesso é gratuito e pode ser conferido no link: https://www.smartchina-expo.cn/zbhen/index.html

O estande da ABES reúne todas as informações sobre como funciona a associação, seus principais programas e as vantagens em ser um associado. “É o nosso segundo ano consecutivo participando desse evento e é uma grande satisfação termos esse reconhecimento internacional e saber que tivemos mais de 17 mil pessoas interessadas no nosso trabalho. Ficamos felizes em colaborar com o estreitamento do relacionamento entre China e Brasil. Ambos oferecem inúmeras oportunidades de negócios. O nosso papel é ser um facilitador nesse processo. Um exemplo é o programa Startup Internship, que foi desenvolvido para também facilitar a entrada de empreendedores chineses no mercado brasileiro”, afirma Rodolfo Fücher, presidente da ABES.

A ABES está comprometida em proporcionar cada vez mais conteúdo e serviços para os seus associados e parceiros, com o propósito de contribuir para a construção de um Brasil digital e menos desigual, no qual a tecnologia da informação desempenha um papel fundamental para a democratização do conhecimento e a criação de novas oportunidades para todos, de forma inclusiva e igualitária. Por isso, a associação tem atuado para assegurar um ambiente de negócios propício à inovação, ético, dinâmico, sustentável e competitivo globalmente.

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Banking Revolution: a transformação no mercado financeiro está só começando

Por Carlos Netto, CEO e cofundador da Matera

Produtos e serviços financeiros nunca estiveram tão presentes em nossas vidas. Abrir uma conta digital é tão fácil quanto criar um novo e-mail, realizar um pagamento pode ser mais rápido do que enviar uma mensagem de texto e até mesmo dar início à própria fintech deixou de ser algo improvável, mesmo para quem não tem muita familiaridade com o segmento.

Tudo isso caracteriza um momento muito especial no mercado financeiro brasileiro, no qual as instituições e a população estão protagonizando uma grande transformação, pautada principalmente pela inovação, competitividade, interoperabilidade e redução das barreiras de acesso. Por isso, chamar esse movimento de Banking Revolution é bastante apropriado – as mudanças estão acontecendo rapidamente, alterando de forma drástica as relações de todos os players deste grande ecossistema, que por muito tempo foi conservador.

Se antes só contávamos com os bancões tradicionais para guardar nosso dinheiro, fazer investimentos ou obter empréstimos, por exemplo, hoje o leque é bastante variado. A ascensão das fintechs na última década é um dos grandes motivos – são mais de 1000 instituições que se encaixam nesse perfil atualmente, oferecendo produtos e serviços financeiros na ponta, mas tendo a tecnologia em seu core. Os bancos digitais também deixaram a disputa pelos clientes acirrada e não é raro encontrarmos correntistas que nunca estiveram em uma agência física – são tempos que ficaram para trás, tempos cringe.

As empresas do varejo também vêm puxando essa revolução, criando suas próprias contas digitais e aproveitando para rentabilizar as milhões de transações geradas por seus clientes, colaboradores e toda cadeia de valor diariamente. Nada mais conveniente para o cliente final – você acessa o app da sua loja favorita, faz o pedido e paga pelo produto ali mesmo, com sua conta digital da própria loja e ainda ganha descontos por isso. Para as empresas, é mais controle sobre os dados e o dinheiro. Para os clientes, mais agilidade e praticidade.

Com esse modelo, tudo passou a ficar concentrado no mesmo ambiente: marketplace, pagamento e publicidade – modalidades que antes estavam segregadas. Os pagamentos não acontecem mais somente pelos bancos ou por meio de intermediários, a publicidade dos produtos não está mais restrita aos veículos tradicionais e os produtos não são encontrados exclusivamente nas lojas. Gosto de imaginar um futuro, não muito distante, no qual poderemos eventualmente colocar no mesmo carrinho de compras online uma garrafa de leite, uma peça de roupa e um CDB. Imagine só?

E essa “fintechzação” vai além, atingindo as empresas de telecomunicação, bens de consumo e serviços. Um dos grandes responsáveis por permitir que essas contas tão variadas estejam conectadas é o Pix, que viabilizou o surgimento do que venho chamando de Internet das Contas. Fazer transferências entre bancos e fintechs ou pagar contas de luz, água ou gás pelo app de qualquer fintech ou banco só é fácil hoje em dia por conta da rede de Pagamentos Instantâneos. O Pix conectou diretamente todas as contas transacionais, sem intermediários, habilitando um ambiente altamente inovador e competitivo.

O melhor de tudo foi a possibilidade de inserir a população desbancarizada no sistema financeiro com uma tecnologia acessível e de uso fácil. “Fazer um Pix” se tornou parte do nosso dia a dia. Como o Breno Lobo, um dos responsáveis pelo Pix no Banco Central, já comentou, suas possibilidades são tão vastas que o fato de ser instantâneo chega até a ser secundário.

O Banking Revolution conta ainda com diversos outros propulsores, que vêm ganhando mais atenção da mídia recentemente: temos o Open Banking, que já está dando seus primeiros passos, e a Moeda Digital (CBDC), que chegará nos próximos anos – novidades que serão complementares aos modelos citados previamente e que contribuirão ainda mais com a digitalização do sistema financeiro e com a experiência do cliente final.

Muitos me perguntam se acredito que os bancos tradicionais são os grandes prejudicados nesse novo contexto. Sempre respondo que “não”, pois acredito que terão a chance de se posicionar como verdadeiras plataformas. Além disso, gosto de reforçar a importância de uma postura que vá além da preocupação apenas com os regulatórios, mas que se dedique a identificar novas oportunidades de negócio, inclusive por meio de parcerias com fintechs.

Por fim, não podemos deixar de mencionar a liderança do Banco Central. Com a Agenda BC#, o órgão regulador vem promovendo a inovação, concorrência e inclusão, com um ritmo acelerado e de forma colaborativa com as instituições e a sociedade. Incentivando o diálogo e focando na melhoria de vida da população por meio da evolução do nosso sistema financeiro, a autarquia desempenha um papel essencial no Banking Revolution.

São muitos assuntos quentes, que seguem em plena evolução. A revolução está em curso, mas ainda longe de acabar. Os próximos anos serão intensos e de muitas novidades – utilizar e trabalhar com produtos e serviços financeiros fará cada vez mais parte das nossas rotinas. Você já percebeu como as coisas estão mudando? Então se prepare, porque estamos só no começo!

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Leilão do 5G pode atrasar chegada da tecnologia em mais de 95% dos municípios brasileiros

O texto atual do edital que vai guiar o leilão para implementação da rede móvel de quinta geração (5G) pode deixar mais de 5,5 mil municípios brasileiros a ver navios quando a tecnologia desembarcar no país – pelo menos por alguns anos. O alerta é feito pela Iniciativa 5G Brasil, consórcio de provedores regionais que atendem cerca de 95% das cidades e que poderão não participar de forma competitiva do certame caso o edital não passe por ajustes.

Na visão desses empresários, o documento privilegia operadoras de grande porte, negligencia o interior do país e compromete a modernização do agronegócio, atendidos, na sua maioria (média de 80%), pelos provedores regionais.

Desde o início das discussões sobre o leilão, os provedores regionais de internet (ISPs) apontam que a formatação do processo licitatório não recebeu a devida atenção no âmbito das discussões técnicas, mesmo após inúmeras audiências públicas. Isso porque, embora o Governo Federal argumente que as empresas regionais estão contempladas no texto, na prática não há condições de disputa frente às operadoras multinacionais, o que deve inibir a participação de novos entrantes no processo.

A entrada desses provedores ampliaria o potencial de exploração do 5G para os municípios do interior do país onde eles já atuam de forma abrangente, mas que não são economicamente vantajosos para as grandes empresas com sedes e investimentos nas capitais.

Linha do tempo

Diante deste cenário econômico e social, a Iniciativa 5G Brasil pleiteou junto ao Governo Federal que fosse permitido o roll out (permissão de implantação do 5G do interior para as capitais e vice-versa), roaming obrigatório, e que a faixa de 700 MHz fosse atrelada à de 3,5 GHz, mudança que permitiria a participação das empresas no leilão de forma competitiva. Os ajustes, no entanto, foram negados pela Anatel, sob o argumento de que não haveria tempo hábil para as correções.

No entanto, para atender as recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU), o relator do edital, conselheiro Emmanoel Campelo, acompanhado pelo presidente da Anatel, Leonardo Euler de Morais, apresentou ao Conselho Diretor da agência, em reunião extraordinária na última segunda-feira (13), mudanças análogas ao ajuste que foi pleiteado pela iniciativa. Do ponto de vista jurídico-regulatório, o novo cálculo de preço da faixa de 26 GHz e a modificação nos lotes de 400 MHZ têm efeito administrativo semelhante ao da solicitação dos provedores.

O Ministério das Comunicações argumenta, ainda, que a participação dos ISPs estaria garantida na frequência de 26 GHz. No entanto, a frequência tem limitações e não é suficiente para a exploração plena da tecnologia e para que essas empresas 100% brasileiras se posicionem como operadora nacional no mercado, um dos objetivos do grupo.

Outro argumento que parte do Governo é que a presença dos provedores estaria garantida no leiloamento dos lotes de frequências regionais. Teoria que, na visão dos provedores, também não se sustenta, dado o histórico de leilões anteriores, em que as empresas detentoras de frequências regionais acabaram absorvidas por operadoras nacionais devido à inviabilidade econômico-financeira e a dificuldade de roaming nacional.

“Sem a aglutinação dessas frequências, não faz sentido que os provedores regionais participem do processo. Isso porque uma frequência (700 MHz) tem cobertura, mas não tem largura de banda, ou seja, tem alcance longo, mas não tem alta capacidade de tráfego. E a outra (3,5 GHz) é, de fato, o 5G, com alta capacidade de tráfego, mas de alcance muito pequeno. Seria necessário trabalhar com as duas frequências para ter alcance e largura de banda. Com apenas uma, é como se nós entrássemos ‘mancos’ no mercado. Teríamos o avião, mas não o combustível para voar”, compara o presidente institucional da Iniciativa 5G Brasil, Suelismar Caetano. “Como no certame, o leiloamento dessas frequências se dará em etapas distintas, há o risco de ganhar uma e perder a outra, o que inviabilizaria financeiramente o negócio de qualquer novo entrante, pois a conta não fecha”, conclui.

A iniciativa 5G Brasil considera que a pressa para a aprovação do processo de licitação impedirá o acerto desses detalhes que ampliam o mercado aos provedores regionais e ainda colaboram para a democratização da implantação da tecnologia no país. Movimentos recentes, como o cancelamento da reunião extraordinária do Conselho Diretor da Anatel no último dia 10, juntamente com rumores de pressão realizada sobre os conselheiros e o pedido de vista por Moisés Moreira demonstram que não há consenso na agência reguladora sobre as decisões tomadas até o momento no processo licitatório.

Os provedores regionais são estratégicos para infraestrutura de rede móvel e conexão de internet no interior do país, seja para usuários, seja para a modernização do agronegócio por meio de IoT (internet das coisas, na sigla em inglês). Essas empresas levam rede aos lugares onde o custo-benefício não interessa às grandes empresas de telecomunicação. Ao todo, os provedores regionais somam 14 mil empresas presentes em 100% dos municípios do Brasil que possuem instalação de fibra óptica, sendo responsáveis por 60% desse tipo de acesso (dados da Anatel).

A Iniciativa 5G Brasil é formada por 370 provedores regionais de internet – empresas de comunicação de capital nacional. Geram renda e emprego local, treinam e formam técnicos e profissionais para o setor de telecomunicações, promovendo, assim, inclusão social nas áreas em que atuam.

Números

• 14 mil provedores regionais licenciados pela Anatel

• Presentes em 100% dos municípios do Brasil que possuem estrutura de fibra óptica, sendo protagonistas nesta tecnologia (responsáveis por 60% desse tipo de acesso)

• Geram cerca de 300 mil empregos diretos, número que chega a 1 milhão quando somados os indiretos

• Média de R﹩ 6,5 bilhões de contribuições em impostos ao ano

Fonte: Iniciativa 5G Brasil

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Startup do Paraná usa tecnologia em nuvem para automatizar ligações e reduzir em até 80% o tempo de ociosidade dos operadores de call center

Nascida em Guarapuava, pequena cidade do interior do Paraná, a 3C Plus é uma plataforma 100% em nuvem focada na otimização e automatização da operação de call centers. Com o propósito de transformar a comunicação por voz entre clientes e empresas, a startup não só torna viável o acesso de tecnologia de ponta para pequenos e médios negócios, como pode reduzir em até 80% o tempo de ociosidade dos operadores, diminuindo os custos e aumentando as taxas de conversão das equipes em operações de cobrança, vendas, SAC.

Com uma projeção de mais de R﹩ 1 milhão de faturamento mensal até dezembro de 2022, a empresa avança rapidamente no mercado brasileiro de PME. Hoje, a 3C Plus já possui mais de 250 clientes. Com API completa, a plataforma é integrável a diversos CRMs. Outro recurso de destaque é o AMD (Answering Machine Detection) com Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning (ML) para identificar e eliminar ligações improdutivas.

Para Diogo Hartmann, fundador da 3C Plus, o objetivo da plataforma é oferecer para pequenos e médios negócios recursos antes disponíveis apenas para grandes empresas de call center.

“Desenvolvemos o que é essencial para cada tipo de operação. Por isso, automatizamos as ligações e reduzimos o tempo de ociosidade dos operadores. Dessa forma, as equipes conseguem mais contatos e, consequentemente, aumentam suas taxas de conversão. Outra questão que conseguimos resolver de maneira simples e rápida é mensurar dados essenciais para conduzir a gestão”, afirma.

A plataforma também possibilita a realização de chamadas automáticas e controles de ligação ao usuário, tudo no próprio CRM integrado. Além disso, a startup possui uma equipe de Customer Success para cuidar do sucesso de cada operação. Com uma implantação muito rápida, a 3C Plus não possui contrato de fidelidade, pois aposta na qualidade da entrega de seus produtos.

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Veículos elétricos começam a ser testados, no Bairro Itaipu A, a partir de novembro

Muito em breve, veículos elétricos estarão circulando no Bairro Itaipu A, em fase de testes, da mesma forma que as câmeras, os semáforos e os pontos de ônibus inteligentes começaram a fazer parte do dia a dia da população dessa região desde o começo desse ano.

Isso consolida, cada vez mais, o Bairro Itaipu A como uma vitrine nacional de inovações e experimentações tecnológicas, a céu aberto, começando a atrair empresas para o município.

A Tmovi Electric Mobilidade, empresa que nasceu em Toledo (PR), está transferindo sua fábrica para Foz do Iguaçu, no Distrito Industrial do Morumbi. A empresa é uma das seis startups selecionadas pelo edital Smart Vitrine que participarão do Programa Vila A Inteligente para instalar, testar e validar suas tecnologias, no Bairro Itaipu A.

De acordo com Elias Rodrigues Melo, CEO da Tmovi Electric Mobilidade, há algumas características desses veículos elétricos: são leves, sustentáveis, silenciosos e, principalmente, tem um baixo consumo energético para descolamentos dentro dos centros urbanos.

“Nossos veículos são leves (pesam menos de 400 kg) e precisam de pouca energia para um deslocamento. Ou seja, ele ainda é mais ecológico do que outros veículos elétricos. Por ser um veículo menor, é mais fácil de estacionar”, disse Melo.

Para garantir a mobilidade, será necessário instalar alguns pontos para carregar os carros. “Nossos veículos tem o diferencial de serem carregados com tomadas comuns (110 e 220v). Não é como a maioria de outros veículos elétricos que dependem de eletropostos para serem carregados. Isso é uma grande vantagem, pois é muito mais prático para o usuário”, explicou.

O CEO da Tmovi Electric Mobilidade explicou ainda que a ideia inicial é disponibilizar veículos para o poder público e empresas. “Vamos iniciar com dois carros, mas podemos ampliar até o fim do ano para 4 carros. Se houve demanda, podemos disponibilizar ainda mais veículos”, complementou Melo.

Smart Vitrine

Elias Melo considera que participar do edital Smart Vitrine é uma grande oportunidade para sua empresa crescer e aprimorar novas soluções tecnológicas na área de mobilidade urbana. Isso é possível e mais otimizado em função do ambiente Sandbox, específico para experimentações.

“A oportunidade de validar nossos veículos no Programa Vila A Inteligente é muito importante. Esperamos ver a receptividade da população, divulgar nossa marca e testar essa tecnologia, principalmente a parte de controle e telemetria veicular (coleta informações de um veículo de forma remota como: velocidade, distância, localização, consumo etc)”, complementou Melo.

Para Regean Gomes, gerente do Centro de Empreendedorismo do PTI-BR e da Incubadora Santos Dumont, o Bairro Itaipu A é hoje o maior Sandbox do Brasil e esse ambiente vai começar a funcionar cada vez mais como uma plataforma de negócios, promovendo interação entre sociedade, empresas, órgãos públicos, investidores, demandantes e ofertantes de tecnologias, consolidando cada vez mais o HUB Iguassu.

“Essas empresas, com suas soluções tecnológicas sendo testadas aqui, trarão ainda mais visibilidade para o Programa Vila A Inteligente. Isso vai atrair mais startups interessadas em se instalar aqui no município. É um passo muito importante para o crescimento e a diversificação econômica de Foz”, disse Regean Gomes.

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Abertas reservas aos clientes que desejam conhecer a primeira loja da Xiaomi em Curitiba

Evento de inauguração ocorre entre os dias 24 e 26 de setembro, no ParkShoppingBarigüi. Clientes poderão aproveitar promoções de até 50% de desconto em todas as categorias de produtos

A expansão da Xiaomi pelo Brasil segue a todo o vapor. Na última semana, a marca chegou ao Rio de Janeiro e agora anuncia a abertura de reservas para quem deseja acompanhar de perto a inauguração da primeira loja da empresa no sul do país, no ParkShoppingBarigüi, em Curitiba. O agendamento pode ser realizado por meio do site oficial https://agendami-curitiba.mibrasil.com.br/, até horas antes da data e do horário desejados. O evento de inauguração, que terá promoções com até 50% de desconto em boa parte do mix de produtos, ocorre entre os dias 24 e 26 de setembro.

Os clientes poderão permanecer na loja de 15 a 20 minutos em grupos com um número reduzido de pessoas, respeitando os protocolos de segurança estabelecidos e evitando aglomeração no espaço. O cliente cadastrado deve comparecer ao shopping com 15 minutos de antecedência ao horário agendado para realizar o check-in e deverá apresentar um documento de identificação com foto. O visitante receberá uma pulseira e terá que permanecer em uma fila, até que a entrada na loja seja permitida pela equipe de staff da Xiaomi. Os visitantes também concorrerão a brindes e promoções durante a espera para acesso à loja.

Promoções

A quarta unidade da Xiaomi no país contará com mais de 450 produtos, entre smartphones e os dispositivos inteligentes do enorme ecossistema da marca. Para quem deseja trocar de smartphone, o Redmi Note 10 Pro Onyx Gray, um dos últimos lançamentos da marca no Brasil, será encontrado por R$ 2.299,00 (desconto de mais de 30%). Já para quem deseja dar um upgrade na TV, o dispositivo Mi TV Stick é uma ótima alternativa, com preço de R$ 299,00 (50% de desconto). Outra linha de destaque da Xiaomi é a de iluminação. A Lâmpada Mi LED Smart Bulb Essential garante uma experiência única ao usuário, com preço promocional de R$ 99,00 (50% de desconto). Estes e outros valores especiais para o público serão praticados durante os três dias de evento ou até que o estoque acabe.

Luciano Barbosa, head da Xiaomi Brasil, não esconde a empolgação com a chegada da marca em solo sulista. “A expectativa é muito positiva para essa nova operação. Optamos por um espaço mais amplo, visando garantir uma experiência realmente imersiva aos nossos clientes paranaenses, que na essência costumam ser exigentes em todos os pontos”, ressalta o executivo.

“Estamos muito felizes em ser o primeiro endereço da Xiaomi não só no estado do Paraná, como em toda a Região Sul! A Xiaomi é um ícone de inovação e irá oferecer tecnologia de ponta para os clientes PkB”, explica a superintendente do ParkShoppingBarigüi, Jacqueline Vieira de Lemos.

Novidade exclusiva

Os fãs da marca que participarem do evento, terão a oportunidade ainda de conferir de perto a Mi TV Lux, com painel de apenas 5,7 mm de espessura e oferece tecnologia OLED transparente, permitindo que o conteúdo na parte de trás da TV possa ser visualizado mesmo com a tela ligada. A novidade, que não está a venda no Brasil, se destaca pelo design excêntrico, com um painel OLED de 55 polegadas, bordas finas nas laterais e no topo, com uma borda grossa na região inferior para ser posicionada na base circular onde ficam os componentes centrais do equipamento.

Expansão

A quarta loja da marca no país se junta às duas unidades de São Paulo e à Xiaomi Store Rio de Janeiro. A Xiaomi terá mais três unidades ainda em 2021. Os shoppings que receberão as novas lojas são: ParkJacarepaguá, no Rio de Janeiro, MorumbiShopping, em São Paulo, e Salvador Shopping, na capital baiana. A marca conta ainda com e-commerce oficial e está presente em mais de 7 mil pontos de venda, a partir de parcerias com grandes varejistas, operadoras e marketplaces nacionais.

Serviço

Inauguração Loja Oficial Xiaomi ParkShoppingBarigüi  

Entre 24 e 26 de setembro, no horário de funcionamento do shopping

Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 600 – Mossunguê – Curitiba

Piso Térreo, Loja 115 – Entradas B/C

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